Como tudo começou?

Enquanto revia vídeos e fotografias do meu pequeno de 4 anos (hoje com 7), que teima em crescer mais rápido do que eu consigo acompanhar, aproveitei para reler os diários que fiz desde a gravidez aos dias de hoje sobre cada momento (que julguei importante, essa ideia eu tive com a minha sogra que até hoje guarda escritos sobre fofurices do meu marido quando criança) registrado para que as trapaças da memória não as apagassem.


Foi neste caminho de reviver o passado que me descobri saudosa e percebi que precisava compartilhar as lembranças antes que esmaecessem sob a luz do dia a dia. Então, resolvi que postaria para amigos, familiares e outros curiosos do mundo pedaços desta minha vida, e ainda de lambuja deixar para o meu pimpolho histórias sobre ele mesmo para que um dia leia e sinta como foi esta jornada de chegar ao mundo e traçar seus próprios caminhos.


Espero que gostem e se emocionem um pouco, assim como eu ao revisitar minha história, e se entusiasmem para fazer uma visita à história de vocês.
Sejam bem vindos às "histórias sobre meu filho".

sábado, 21 de março de 2015

Amigos

Amigos... Amigos são a família que escolhemos, aquelas pessoas de quem gostamos por terem afinidade conosco, por nos completarem ou nos desafiarem e trazerem um certo conforto para nossas vidas.

Mesmo quando não os vemos sempre, amigos ao se reencontrarem destroem a barreira do tempo e da distância e conseguem (re) estabelecer uma conexão cósmica única que apaga o período de ausência como se sempre estivessem estado junto um ao lado do outro.

Amigos brigam por coisas ridículas, como se fosse a terceira guerra mundial, e fazem as pazes como se nada tivesse acontecido. Choram juntos a dor do outro, e riem a alegria do outro.

Existem amigos de vários tipos, reais ou imaginários, confidentes e fofoqueiros, da infância, da escola, do trabalho, íntimos ou superficiais, de chope, de futebol, da praça, pra vida toda...


Imaginamos sempre que amigos fazemos quando crianças porque na idade adulta criamos a couraça da desconfiança e nossos corações se fazem duros para receber um outro diferente de nós. Ouvi um amigo nosso uma vez falar, citando uma personagem de TV, que não havia mais vagas em sua vida para novos amigos. Engraçada a citação, triste se verdadeira.

Meu filho já tem um amigo que imagino ser aquele “de verdade”, “melhor amigo”.  Não sei bem como tudo aconteceu porque se conheceram na escola. Miguel já era antigo e descolado na escola quando outro chegou, com um temperamento oposto ao do meu filho, o novo colega de turma tornou-se seu amigo. Começou como companheiro de brincadeira nas festas, depois passeio fora da escola, até que Miguel foi dormir na casa dele consolidando a relação de confiança.

Passaram momentos de estranhamento quando Miguel trocou de escola e se distanciou um pouco daquela convivência diária, mas o sentimento não se apagou. E no último final de semana quando um dormiu na casa do outro, antes de fecharem os olhos de sono, se despediram com “eu te amo”, puro e inocente próprio dos amigos.


E nós, os pais, também estabelecemos uma relação de amizade a partir destes pequenos, abrindo vaga para novos amigos, reinventando a nós mesmos a partir do Miguel.