Você lembra como ele te dava bordoadas (ok podem ser contrações) pedindo para finalmente sair e te ver pelo seu lado melhor.
Era uma pontada aguda a cada passo, a cada conversa, a cada conversa. Não havia medo ou temor, apenas ansiedade.
Depois de 41 longas semanas finalmente iríamos nos conhecer. Será que ele iria gostar de você? Será que você iria gostar dele? Será que toda aquela comida tinha feito bem a ele?
Mas nem todo saiu como num conto de fadas. Ele saiu por um corte em minha barriga (não por escolha minha, mas porque ele achou que estava deitado numa rede e naquela altura do campeonato, fazer o que?) e eu tomei tanto analgésico para que isso ocorresse que na hora que ele veio para mim, eu estava tão chapada que não senti a emoção que imaginei que sentiria.
A emoção veio depois, em casa... Demoramos algum tempo para nos entendermos, mas nossa, quanto amor, quanta paixão.
Quem poderia imaginar que meu pequeno seria o grande amor da minha vida? Que ele seria meu tudo, minha salvação, minha transformação? Que nos transformaríamos em Morgana e Mordred?
E o tempo foi passando e num piscar de olhos, como se o tempo e espaço dessem um salto quântico, voltamos aquele momento zero, sete anos depois. E o bebe já não é tão indefeso e inseguro, mas independente e sábio, um pequeno druida eu diria. Forte e sagaz, com seu olhar único sobre o mundo, sobre mim.
Sete anos, tempo mágico, tempo simbólico. Ainda revivemos nossa histórias, continuamos a nos conhecer. Digo a ele que ainda o segurarei no colo mesmo quando tiver barba, filhos e netos. E ele responde que não, porque eu vou estar velhinha. Então será a vez dele de me segurar no colo. E rimos...
O tempo não passa para mães e filhos. Ele é vácuo por onde nossas memórias se reconstroem a cada momento.
Ah, mas se pudéssemos congelar o tic-tac do relógio, apreender o tempo, aprender com o tempo!
Sete anos! Sete vidas! Sete histórias! Sete! Se, te...
Feliz aniversário, Miguel, no próximo ano recriaremos nossa história novamente.
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