Como tudo começou?

Enquanto revia vídeos e fotografias do meu pequeno de 4 anos (hoje com 7), que teima em crescer mais rápido do que eu consigo acompanhar, aproveitei para reler os diários que fiz desde a gravidez aos dias de hoje sobre cada momento (que julguei importante, essa ideia eu tive com a minha sogra que até hoje guarda escritos sobre fofurices do meu marido quando criança) registrado para que as trapaças da memória não as apagassem.


Foi neste caminho de reviver o passado que me descobri saudosa e percebi que precisava compartilhar as lembranças antes que esmaecessem sob a luz do dia a dia. Então, resolvi que postaria para amigos, familiares e outros curiosos do mundo pedaços desta minha vida, e ainda de lambuja deixar para o meu pimpolho histórias sobre ele mesmo para que um dia leia e sinta como foi esta jornada de chegar ao mundo e traçar seus próprios caminhos.


Espero que gostem e se emocionem um pouco, assim como eu ao revisitar minha história, e se entusiasmem para fazer uma visita à história de vocês.
Sejam bem vindos às "histórias sobre meu filho".

domingo, 5 de junho de 2016

Aniversário outra vez

Então é assim, um dia a gente acorda e como num flashback voltamos no tempo para o dia em que aquele bebê que até aquele momento morava em nosso ventre resolveu que era hora de sair.

Você lembra como ele te dava bordoadas (ok podem ser contrações) pedindo para finalmente sair e te ver pelo seu lado melhor.

Era uma pontada aguda a cada passo, a cada conversa, a cada conversa. Não havia medo ou temor, apenas ansiedade.

Depois de 41 longas semanas finalmente iríamos nos conhecer. Será que ele iria gostar de você? Será que você iria gostar dele? Será que toda aquela comida tinha feito bem a ele?

Mas nem todo saiu como num conto de fadas. Ele saiu por um corte em minha barriga (não por escolha minha, mas porque ele achou que estava deitado numa rede e naquela altura do campeonato, fazer o que?) e eu tomei tanto analgésico para que isso ocorresse que na hora que ele veio para mim, eu estava tão chapada que não senti a emoção que imaginei que sentiria. 

A emoção veio depois, em casa... Demoramos algum tempo para nos entendermos, mas nossa, quanto amor, quanta paixão. 

Quem poderia imaginar que meu pequeno seria o grande amor da minha vida? Que ele seria meu tudo, minha salvação, minha transformação? Que nos transformaríamos em Morgana e Mordred?


E o tempo foi passando e num piscar de olhos, como se o tempo e espaço dessem um salto quântico, voltamos aquele momento zero, sete anos depois. E o bebe já não é tão indefeso e inseguro, mas independente e sábio, um pequeno druida eu diria. Forte e sagaz, com seu olhar único sobre o mundo, sobre mim.

Sete anos, tempo mágico, tempo simbólico. Ainda revivemos nossa histórias, continuamos a nos conhecer. Digo a ele que ainda o segurarei no colo mesmo quando tiver barba, filhos e netos. E ele responde que não, porque eu vou estar velhinha. Então será a vez dele de me segurar no colo. E rimos...

O tempo não passa para mães e filhos. Ele é vácuo por onde nossas memórias se reconstroem a cada momento. 

Ah, mas se pudéssemos congelar o tic-tac do relógio, apreender o tempo, aprender com o tempo!

Sete anos! Sete vidas! Sete histórias! Sete! Se, te...

Feliz aniversário, Miguel, no próximo ano recriaremos nossa história novamente.

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