Como tudo começou?

Enquanto revia vídeos e fotografias do meu pequeno de 4 anos (hoje com 7), que teima em crescer mais rápido do que eu consigo acompanhar, aproveitei para reler os diários que fiz desde a gravidez aos dias de hoje sobre cada momento (que julguei importante, essa ideia eu tive com a minha sogra que até hoje guarda escritos sobre fofurices do meu marido quando criança) registrado para que as trapaças da memória não as apagassem.


Foi neste caminho de reviver o passado que me descobri saudosa e percebi que precisava compartilhar as lembranças antes que esmaecessem sob a luz do dia a dia. Então, resolvi que postaria para amigos, familiares e outros curiosos do mundo pedaços desta minha vida, e ainda de lambuja deixar para o meu pimpolho histórias sobre ele mesmo para que um dia leia e sinta como foi esta jornada de chegar ao mundo e traçar seus próprios caminhos.


Espero que gostem e se emocionem um pouco, assim como eu ao revisitar minha história, e se entusiasmem para fazer uma visita à história de vocês.
Sejam bem vindos às "histórias sobre meu filho".

domingo, 14 de junho de 2015

Em Búzios se fala qual língua?

Fomos a Búzios para o casamento de um amigo. 

Durante a viagem Miguel aprontou todas das suas , questionou, brincou, dançou... Assim que chegamos na cidade, ele vira pra mim e pergunta: Em Búzios se fala qual língua?

A ideia de que quando viajamos, atravessamos fronteiras culturais, linguísticas e gastronômicas já está na cabeça do meu filhote. E ele nem é tão "viajado"como outras crianças que conhecemos.

A pergunta cabe neste contexto, afinal, em Búzios fala-se castelhano, como meu amigo respondeu. Comemos comida argentina. Ouvimos outros sotaques.  De certa maneira nos deslocamos para um universo que não visitamos com frequência. 

Não somos muito de viajar nos finais de semana, sempre temos muitos compromissos aqui no Rio mesmo, e a falta do carro torna esta assiduidade ainda menor. Mas e impressiona sempre este olhar de inquietação com que meu pequeno percebe o mundo e o registra. Muito legal compreender as diferenças e tomar posse das novidades, como ele faz.

A geração do meu filho é única e especial, um encontro do melhor de cada uma das gerações passadas, sua capacidade de transformar e sua forma de vivenciar e experimentar o mundo é muito bela.

Espero o melhor destes pequetitos, que o mundo seja um  lugar para se amar.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Ficando velho

Não canso de olhar antigas fotos do Miguel bebe e relembrar os diferentes tipos de emoções que senti a cada fase, a cada momento que chegamos. Quando ele nasceu achei que tinha um nariz grande demais mais para aquele rosto pequeno e cabelo demais para um recém nascido, em nada se parecia com o chamado "bebe Johnson".

Depois dos primeiros meses de reconhecimento mutuo, começamos a nos apaixonar, passei a amar suas pernas magrelas e mãos gordinhas. E este é um amor que não cessa apenas cresce, se transforma e multiplica de uma forma inexplicável.

Agora mu companheiro de vida está mais velho, completou seus tão esperados 6 anos. Não entendo o que ele tem que deseja sempre ser  mais velho, desde bebe era assim com suas rebeldias e atitudes deslocadas na idade.

Chegou o dia de seu aniversário. Já havíamos comemorado com seus amigos no final de semana anterior, e com o pai no dia anterior porque era feriado Pela primeira vez cairia novamente na sexta-feira, mesmo dia em que nasceu, pedi até folga no trabalho, então este dia era somente nosso.


Panejei um dia especial com atividades que ele não e fomos ao Pão de Açúcar e almoçar hambúrguer numa lanchonete vintage que ele gosta. Na verdade não importava o programa, mas que estávamos juntos. Ele não parou de me abraçar e beijar  o dia todo, e eu, comigo mesma, lembrando dos nosso melhores momentos dos últimos 6 anos.

Eu sempre quis ser mãe, mas não de um bebe, eu queria um "amiguinho", uma criança que pudesse interagir e curtir comigo, e eu ganhei o Miguel, por quem agradeço todos os dias. Espero que a conexão que temos perdure por muitos anos...