Como tudo começou?

Enquanto revia vídeos e fotografias do meu pequeno de 4 anos (hoje com 7), que teima em crescer mais rápido do que eu consigo acompanhar, aproveitei para reler os diários que fiz desde a gravidez aos dias de hoje sobre cada momento (que julguei importante, essa ideia eu tive com a minha sogra que até hoje guarda escritos sobre fofurices do meu marido quando criança) registrado para que as trapaças da memória não as apagassem.


Foi neste caminho de reviver o passado que me descobri saudosa e percebi que precisava compartilhar as lembranças antes que esmaecessem sob a luz do dia a dia. Então, resolvi que postaria para amigos, familiares e outros curiosos do mundo pedaços desta minha vida, e ainda de lambuja deixar para o meu pimpolho histórias sobre ele mesmo para que um dia leia e sinta como foi esta jornada de chegar ao mundo e traçar seus próprios caminhos.


Espero que gostem e se emocionem um pouco, assim como eu ao revisitar minha história, e se entusiasmem para fazer uma visita à história de vocês.
Sejam bem vindos às "histórias sobre meu filho".

domingo, 30 de julho de 2017

Liberdade para ser

Miguel trouxe um pote de Nutella da casa da avó. Enquanto fazíamos um lanche ele pergunta:
- Mamãe, por que você nunca compra Nutella?
- Porque ela contém óleo de palma, lembra?
Silêncio reflexivo...
- Mamãe, eu tenho que ser igual a você?
- Claro que não! A mamãe te explica as coisas e conta aquilo em quê ela acredita e você faz as suas escolhas.
- Ah, que bom.
E assim começa a liberdade de escolha.

sábado, 29 de julho de 2017

Férias de inverno

Depois de 2 semanas de férias na casa dos Vovuchos, Miguel voltou para casa. Com ele voltaram a bagunça, o barulho, os risos e as músicas de jogos eletrônicos.

Foram dias de muita tranquilidade para os pais, de muita diversão para o Miguel e de festa para os Vovuchos, que também receberam o outro neto para deixar as férias ainda mais divertidas. Teve colônia de férias, parque de diversão, McVovucha, cone de doce de leite no café da manhã....

Memórias foram tecidas, laços fortalecidos, carinhos trocados.

Entregamos nosso herdeiro com total confiança de que estaria em boas mãos (bons corações) e na volta matariamos saudades entre beijos e abraços.

Nossos sentimentos são de gratidão e amor por estes Vovuchos nota 1000!💖

P.S. Nos vemos novamente nas férias de verão.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Tal pai, tal filho

Miguel hoje.

- Vovucha, qual é mesmo a profissão dos meus pais?
- Seu pai é antropólogo e sua mãe cientista social que trabalha com projetos.
- Vou ser antropólogo igual ao meu pai!

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Prefácio do Miguel

Quando menina sempre curti as brincadeiras de casinha com as bonecas ou com os amigos e crianças menores. Eu era sempre a mãe. A ideia de cuidar, ninar, e amar outro ser era tão natural que eu “tinha que” fazer isso.

No teatro da escola era a mãezinha segurando a mão de um colega que fazia meu filho e uma boneca de lhos esbugalhados.


Escrevia em cadernos e folhas os nomes possíveis para meus filhos e filhas futuros.
 
A ideia de ser mãe foi crescendo em meu coração como uma  ordem natural a qual deveria seguir ou morrer tentando (kkkk eu não chegaria a tanto, mas a emoção da criança parecia assim, radical).

A menina cresceu, escolheu um par, um companheiro, um parceiro. Juntos sonharam novamente com a mãe. Como a Grande Mãe Gaia que deu vida aos Deuses, e gerou a humanidade a partir de seus filhos, sonhei comum ventre cheio e fértil  de amor e vida.

Os nomes escritos na infância já não faziam sentido para aquele ser que se desenvolvia preguiçosamente em minha barriga. Era preciso algo único, algo nosso.

Lendo um livro encontrei este nome, de que nunca havia gostado, porém agora neste novo contexto ganhava uma nova forma com mãozinhas e pezinhos diminutos. Um novo nome cheio de significados metafísicos, históricos e espirituais, aquele que pode falar com Deus em nome dos homens. Um orador, comunicador, um verdadeiro geminiano.

Assim nosso Miguel foi sendo gestado. Uma gestação que começou mais de 20 anos antes dele chegar. Começou com uma brincadeira, como um sonho e se concretizou numa parceria e amor.

E então ele chegou! Cabeludo, narigudo e pezudo. De olhos abertos e falando (na verdade berrando) – “ei mundo, cheguei!”. Olhos de arco-íris, gengiva careca, sorrisos e caretas... Sempre atento ao que o mundo mostrava, um verdadeiro mini computador, registrando tudo e todos, atualizando-se e retornando com mais e mais informações.

Cresceu, ainda cresce. Se aventura destemidamente pelo mundo, corre, cai, salta, brinca, lê, atua (esse é meu filho, sem dúvidas), e sempre cercados de amigos, novos, antigos e ainda não descobertos.

Esse é o Miguel, aquele que nos escolheu para sermos seus pais, aquele que escolhemos para ser nosso filho. A quem amamos com suas qualidades, com quem aprendemos a sermos seres humanos melhores, e  a quem ensinamos a amar, confiar,  respeitar e viver.


 

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Neologismos

O legal de termos amigos de diversas origens e países é sempre aprender um neologismo ou uma expressão diferente. 

Acho super interessante quando amigas francesas me perguntam se podem "ter" um copo de água, ou quando uma tia que mora há anos fora aportuguesa algumas palavras dizendo que vai se "aplicar" para uma oferta de uma nova casa. 

Mas a vencedora das paradas foi hoje quando o amigo do Miguel (de origem francesa) descreveu o objetivo de um novo jogo que está jogando: FUISONAR as vacas (???)
 

Tradução: unir duas vacas iguais para que se transformem em uma vaca grandona.
 

Uahahahahaha
 

A linguagem é o maior barato, como é bom a gente se conectar com as pessoas. 

Maravilhoso!

terça-feira, 4 de julho de 2017

A turma do Fogãozinho

Sempre me perguntam como aprendi a cozinhar. Eu não sei, por aí. Lembro que ganhei um livro de receitas de minha mãe quando era pequena, tinha uns 9 ou 10 anos. 

Terá sido isso?

Só sei que conversando com o Miguel  comentei do livro e de como tinha um monte de receitinhas que eu fazia sozinha sem ajuda da vovucha, e ele disse que queria um livro igual ao meu. 


E não é que encontrei uma reedição?! Taí.

Quando abri o livro relembrei de cada receita que eu fiz, e daquelas que tinham "verdinho" e  "temperos" que hoje eu amo e na época achava um horror. Mas do que mais lembro o sabor era da gemada.... nossa, como comemos gemada no café da manhã, eu e minha irmã...

Agora ele pediu para comprar os ingredientes para um delicioso pavê de chocolate, mas tem que ser com biscoito champanhe, exigência dele. E será que ele sabe o que é biscoito champanhe?


Tradição culinária de mãe pra filho.