Como tudo começou?

Enquanto revia vídeos e fotografias do meu pequeno de 4 anos (hoje com 7), que teima em crescer mais rápido do que eu consigo acompanhar, aproveitei para reler os diários que fiz desde a gravidez aos dias de hoje sobre cada momento (que julguei importante, essa ideia eu tive com a minha sogra que até hoje guarda escritos sobre fofurices do meu marido quando criança) registrado para que as trapaças da memória não as apagassem.


Foi neste caminho de reviver o passado que me descobri saudosa e percebi que precisava compartilhar as lembranças antes que esmaecessem sob a luz do dia a dia. Então, resolvi que postaria para amigos, familiares e outros curiosos do mundo pedaços desta minha vida, e ainda de lambuja deixar para o meu pimpolho histórias sobre ele mesmo para que um dia leia e sinta como foi esta jornada de chegar ao mundo e traçar seus próprios caminhos.


Espero que gostem e se emocionem um pouco, assim como eu ao revisitar minha história, e se entusiasmem para fazer uma visita à história de vocês.
Sejam bem vindos às "histórias sobre meu filho".

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Prefácio do Miguel

Quando menina sempre curti as brincadeiras de casinha com as bonecas ou com os amigos e crianças menores. Eu era sempre a mãe. A ideia de cuidar, ninar, e amar outro ser era tão natural que eu “tinha que” fazer isso.

No teatro da escola era a mãezinha segurando a mão de um colega que fazia meu filho e uma boneca de lhos esbugalhados.


Escrevia em cadernos e folhas os nomes possíveis para meus filhos e filhas futuros.
 
A ideia de ser mãe foi crescendo em meu coração como uma  ordem natural a qual deveria seguir ou morrer tentando (kkkk eu não chegaria a tanto, mas a emoção da criança parecia assim, radical).

A menina cresceu, escolheu um par, um companheiro, um parceiro. Juntos sonharam novamente com a mãe. Como a Grande Mãe Gaia que deu vida aos Deuses, e gerou a humanidade a partir de seus filhos, sonhei comum ventre cheio e fértil  de amor e vida.

Os nomes escritos na infância já não faziam sentido para aquele ser que se desenvolvia preguiçosamente em minha barriga. Era preciso algo único, algo nosso.

Lendo um livro encontrei este nome, de que nunca havia gostado, porém agora neste novo contexto ganhava uma nova forma com mãozinhas e pezinhos diminutos. Um novo nome cheio de significados metafísicos, históricos e espirituais, aquele que pode falar com Deus em nome dos homens. Um orador, comunicador, um verdadeiro geminiano.

Assim nosso Miguel foi sendo gestado. Uma gestação que começou mais de 20 anos antes dele chegar. Começou com uma brincadeira, como um sonho e se concretizou numa parceria e amor.

E então ele chegou! Cabeludo, narigudo e pezudo. De olhos abertos e falando (na verdade berrando) – “ei mundo, cheguei!”. Olhos de arco-íris, gengiva careca, sorrisos e caretas... Sempre atento ao que o mundo mostrava, um verdadeiro mini computador, registrando tudo e todos, atualizando-se e retornando com mais e mais informações.

Cresceu, ainda cresce. Se aventura destemidamente pelo mundo, corre, cai, salta, brinca, lê, atua (esse é meu filho, sem dúvidas), e sempre cercados de amigos, novos, antigos e ainda não descobertos.

Esse é o Miguel, aquele que nos escolheu para sermos seus pais, aquele que escolhemos para ser nosso filho. A quem amamos com suas qualidades, com quem aprendemos a sermos seres humanos melhores, e  a quem ensinamos a amar, confiar,  respeitar e viver.


 

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