Como tudo começou?

Enquanto revia vídeos e fotografias do meu pequeno de 4 anos (hoje com 7), que teima em crescer mais rápido do que eu consigo acompanhar, aproveitei para reler os diários que fiz desde a gravidez aos dias de hoje sobre cada momento (que julguei importante, essa ideia eu tive com a minha sogra que até hoje guarda escritos sobre fofurices do meu marido quando criança) registrado para que as trapaças da memória não as apagassem.


Foi neste caminho de reviver o passado que me descobri saudosa e percebi que precisava compartilhar as lembranças antes que esmaecessem sob a luz do dia a dia. Então, resolvi que postaria para amigos, familiares e outros curiosos do mundo pedaços desta minha vida, e ainda de lambuja deixar para o meu pimpolho histórias sobre ele mesmo para que um dia leia e sinta como foi esta jornada de chegar ao mundo e traçar seus próprios caminhos.


Espero que gostem e se emocionem um pouco, assim como eu ao revisitar minha história, e se entusiasmem para fazer uma visita à história de vocês.
Sejam bem vindos às "histórias sobre meu filho".

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Eu te amo

Temos o habito de falar e ouvir "eu te amo", mas será que sabemos o que significa? 

Será que a pessoa pra quem falo sabe o que quer ter dizer pra mim?

O que você quer dizer quando fala "eu te amo" ?




domingo, 25 de dezembro de 2016

O melhor natal do mundo


Este foi o melhor Natal que eu tivemos em muitos anos. 

Tirando a ausência de algumas pessoas queridas demais, todo o resto foi excelente! 

Há muito eu não sentia aquele sentimento de tranquilidade e paz. Não me preocupei com nada: presente, comida, roupas, hora...Nada. 

Teve surpresa e risos, leveza e amor. Não fizemos a leitura do natal de paz e amor, mas acendemos velas de hanukkah. 

Não teve pavê de doce de leite (tradicional) mas teve torta de limão. Tinha cheiro de comida vindo da cozinha, frutas secas e rabanada.Teve doação em todos os sentidos. Teve harmonia. Teve alegria. Teve amigos e família. 

Fizemos nossos próprios presentes, e o Miguel pintou uma camisa linda para o amigo oculto. Menos consumo e mais amor.


Só faltou mesmo assistir o especial dá TV Colosso ( Fazer brinquedo, fazer brinquedo, fazer brinquedo é o segredo. Nada que machuque, nada que queime, boneca, cavalinho e vídeo game).


sábado, 24 de dezembro de 2016

Natal humanitário

Este ano o presente foi dar e receber, entregamos quentinhas para moradores de rua e necessitados. Nos encontramos com o grupo para preparar cada uma e colocar nosso amor e energia no preparo.


Miguel participou pela primeira vez, um tanto ressabiado. Mas logo que chegou, pegou uma marmita e se pôs na fila para ajudar na montagem. Conheceu de perto um pouco mais do significado de SOLIDARIEDADE.



A primeira entrega me sensibilizou, um homem passava de cabeça baixa murmurando para si mesmo, chamei três vezes até que olhasse para mim, quando sr virou tinha um olhar desconfiado como se me visse através de um túnel. Ofereci a quentinha e seus olhos abriram. Ele acenou timidamente com.a cabeça e agradeceu com um voz que há muito não era ouvida. Embarguei. 

Na segunda entrega, Miguel percebeu um grupo de pessoas embaixo do viaduto, e nos apontou. Fiquei tensa porque me pareciam drogados, e neste caso há que se ter cautela porque não temos como prever areação deles ao nosso gesto. Mas o Mi quis ir junto, e ficar cara a cara com eles. E lá fomos nós três. 

Ele ficou impressionado com a fúria e voracidade com que aquelas pessoas vinham e nossa direção e apanhavam as quentinhas sem sequer nos olhar. Foi impactante.

Alguns metros a frente uma outra pessoa pedia ajuda, mas já não tínhamos nenhum prato para oferecer. Miguel ficou triste e queria voltar para buscar mais.

Ainda não sei o que esta experiência irá representar para ele em sua vida, mas acredito que trará uma nova percepção do seu mundo e do mundo do outro.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Falta Muito?

Falta muito?

Falta muito, Papai Smurf?

Miguel contando os dias para a noite mais especial do ano.

domingo, 18 de dezembro de 2016

Chrismukkah

Desde muito que as celebraçoes de Natal e Hanukkah são informalmente fundidos com os outros. Uma celebração de Natal com uma árvore, canções e presentes tornou-se um símbolo de ser uma parte da cultura alemã para muitas famílias de classe média judaica no século XIX. Alguns judeus celebraram o Natal como um "festival secular do mundo ao nosso redor" sem significado religioso, ou transferiram os costumes do Natal para o festival de Hanukkah. Na década de 1990, muitas séries de TV unificaram as celebrações de ambas as festas através da comunhão de seus personagens, representando as famílias “mistas”, em especial norte americanas, que celebram o Natal e Chanukah no sentido estritamente secular.

O termo Chrismukkah foi nomeado pela primeira vez, na série de TV O.C. O criador da série Josh Schwart usou sua experiência pessoal para descreve o sentido desta nova festa, em determinados espaços falar de Hannukah ainda é visto como algo distante e exótico. No entanto as similaridades de ambas as festas – as duas se referem a milagres que representam marcos para as culturas Judaica e Cristã e são pontuadas pelas gastronomia e distribuição de presentes - o fez cunhar o termo.

A festa foi criada (na série) como uma maneira de fundir as duas tradições para personagens de origem “mista”, a ideia é que seja "o maior superholiday conhecido pela humanidade" para as famílias que convivem com as duas heranças.

Cabe a cada um definir que símbolos e significados fazem sentido em cada uma das festas e reuni-las numa celebração única de união, paz, confraternização que respeite o melhor de cada costume e que honre a origem de cada membro da família.

Saiba como celebrar cada uma das festas e junta-las:

Origem
Natal - Celebração do milagre do nascimento de Jesus. Hannukah - Celebração do milagre que fez com que o óleo das velas durassem 8 dias.

Quando
Natal - 25/12, segue o calendário Gregoriano, dura 2 dias (véspera e dia 25/12)
Hannukah - Começa em 25 de Kislev, segue o calendário Judaico, a festa dura 8 dias

Gastronomia
A ceia cristã tem origem nos tempos pagãos. Os cristãos se apropriaram da Saturnália, que é baseada no solstício de inverno para marcar a data do nascimento de Jesus. Por ser o dia mais curto do ano e frio (no hemisfério norte) foram escolhidas comidas mais quentes: carnes assadas (peru, presunto e porco), nozes e castanhas, vinhos.
Muitas "comidas de Hanukkah" fazem referência ao milagre ao serem, feitas com azeite ou envolverem frituras como latkes (panquecas de batata), e sufganiyot (roscas com geléia), biscoitos em formato de driedel, Rugelach

Cânticos
As cantigas de Natal, são uma tradição antiga e são ensinadas às crianças e cantadas em coros, igrejas e residências para comemorar o natal e reforçar os valores cristãos. Algumas se popularizaram tanto que são ouvidas e cantadas mesmo por aqueles de outras tradições como :
Noite Feliz
Joy to the World
Ave Maria
Adeste Fideles.

As cantigas ou musicas de Hanukkah também variam de pais a pais e tradição para tradição, as principais são:
O Chanukah O Chanukah (English & Yiddish)
Mi y'maleil (Hebrew & English)
Al Hanisim (Hebrew)
Ocho Kandelikas (Ladino)
In the Window (English)
Chanukah, Chanukah (Hebrew)
Hanerot Halalu (Hebrew)
Light one Candle (English)
Lots of Latkes (Hebrew)
Not by Might, not by power (English)

Velas
A tradição de acender velas vem da perseguição dos católicos irlandeses pelos protestantes ingleses. Era a forma que encontraram para que um padre visitasse a casa para dar os sacramentos e bênçãos neste dia.

Como tradição nesta festa acende-se um candelabro de 9 braços (chanukiah) para representar o milagre do óleo que durou 8 dias, uma das velas é usada como “acendedor”.

"Happy Chrismukkah 

Desde muito que as celebraçoes de Natal e Hanukkah são informalmente fundidos com os outros. Uma celebração de Natal com uma árvore, canções e presentes tornou-se um símbolo de ser uma parte da cultura alemã para muitas famílias de classe média judaica no século XIX. Alguns judeus celebraram o Natal como um "festival secular do mundo ao nosso redor" sem significado religioso, ou transferiram os costumes do Natal para o festival de Hanukkah. Na década de 1990, muitas séries de TV unificaram as celebrações de ambas as festas através da comunhão de seus personagens, representando as famílias “mistas”, em especial norte americanas, que celebram o Natal e Chanukah no sentido estritamente secular.

O termo Chrismukkah foi nomeado pela primeira vez, na série de TV O.C. O criador da série Josh Schwart usou sua experiência pessoal para descreve o sentido desta nova festa, em determinados espaços falar de Hannukah ainda é visto como algo distante e exótico. No entanto as similaridades de ambas as festas – as duas se referem a milagres que representam  marcos para as culturas Judaica e Cristã e são pontuadas pelas gastronomia e distribuição de presentes -  o fez cunhar o termo.

A festa foi criada (na série) como uma maneira de fundir as duas tradições para personagens de origem “mista”, a ideia é que seja "o maior superholiday conhecido pela humanidade" para as famílias que convivem com as duas heranças.

Cabe a cada um definir que símbolos e significados fazem sentido em cada uma das festas e reuni-las numa celebração única de união, paz, confraternização que respeite o melhor de cada costume e que honre a origem de cada membro da família. 

Saiba como celebrar cada uma das festas e junta-las:

Origem 
Natal - Celebração do milagre do nascimento de Jesus. Hannukah - Celebração do milagre que fez com que o óleo das velas durassem 8 dias.

Quando 
Natal - 25/12, segue o calendário Gregoriano, dura 2 dias (véspera e dia 25/12)
Hannukah - Começa em 25 de Kislev, segue o calendário Judaico, a festa dura 8 dias

Gastronomia 
A ceia cristã tem origem nos tempos pagãos. Os cristãos se apropriaram da Saturnália, que é baseada no solstício de inverno para marcar a data do nascimento de Jesus. Por ser o dia mais curto do ano e frio (no hemisfério norte) foram escolhidas comidas  mais quentes: carnes assadas (peru, presunto e porco), nozes e castanhas, vinhos.
Muitas "comidas de Hanukkah" fazem referência ao milagre ao serem, feitas com azeite ou envolverem  frituras como latkes (panquecas de batata), e sufganiyot (roscas com geléia), biscoitos em formato de driedel, Rugelach 

Cânticos 
As cantigas de Natal, são uma tradição antiga e são ensinadas às crianças e cantadas em coros, igrejas e residências  para comemorar o natal e reforçar os valores cristãos. Algumas se popularizaram tanto que são ouvidas e cantadas mesmo por aqueles de outras tradições como :
Noite Feliz
Joy to the World
Ave Maria
Adeste Fideles. 

As cantigas ou musicas de Hanukkah também variam de pais a pais e tradição para tradição, as principais são: 
O Chanukah O Chanukah (English & Yiddish)
Mi y'maleil   (Hebrew & English)
Al Hanisim (Hebrew)
Ocho Kandelikas (Ladino)
In the Window (English)
Chanukah, Chanukah (Hebrew)
Hanerot Halalu (Hebrew)
Light one Candle (English)
Lots of Latkes (Hebrew)
Not by Might, not by power (English)

Velas
A tradição de acender velas vem da perseguição dos católicos irlandeses pelos protestantes ingleses. Era a forma que encontraram para que um padre visitasse a casa para dar os sacramentos e bênçãos neste dia.
 
Como tradição nesta festa acende-se um candelabro de 9 braços (chanukiah) para representar o milagre do óleo que durou 8 dias, uma das velas é usada como “acendedor”."

sábado, 10 de dezembro de 2016

Gratidão e doação





Tempo de agradecer pelo que recebemos e compartilhar carinho. 

Todo ser humano merece ser amado e cuidado. 

Miguel doando brinquedos para as crianças da São Martinho. Ele ainda não sabe, não entende o porquê, mas está plantando a semente da compaixão e do amor.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Café frustrado



Tentativa frustrada de fazer café da manhã pra mamãe.

Miguel queria nos fazer uma surpresa, um café da manhã na cama feito por ele mesmo. Do alto de seus 7 anos de independência, não há perigo que não possa ser superado. E assim ele foi.

A imagem pode conter: 1 pessoa, em pé e sapatosEnquanto deixava meu corpo caído ainda mais alguns minutos na cama, pude ouvir o barulho de movimento na cozinha. Nada que me preocupasse porque confio nele e sei que volta e meia prepara seu próprio desjejum.

O pai se levantou para ver o que se passava, e resolveu ajudá-lo. Mostrou como encher a cafeteira italiana com o pó de café, e o advertiu a esperar que esfriasse antes de colocar na xícara. Instruções dadas, voltou para a cama.

Minutos depois escutamos um barulho de panela caindo no chão seguido de gritos guturais. Corri, aparatei na cozinha. Cheguei a tempo de ver o Miguel correndo para a área de serviço com olhar assustado e boca em pânico.

Quando me aproximei ele arrancava a calça do pijama e, com ela, uma larga extensão da pele de sua coxa. Segurei-o em meus braços, nem mesmo notei o peso, e corri para o banheiro. O coloquei na banheira e liguei o chuveiro frio e deixei que a água fizesse seu trabalho de limpar e acalmar a dor. Cortei o excesso de pele pendente passei uma pomada para queimaduras e fomos para o hospital.

Por sorte tudo que deveria ser feito num atendimento de emergência já tínhamos feito. Queimou feio a perna, mas não chegou a ser algo de segundo ou terceiro graus.

Muito susto. Muito amor.

Chorei quando voltamos para casa, o choro do medo, do nervoso, da dor na carne, de alívio.


domingo, 13 de novembro de 2016

Dancinha envergonhada

Dancinha... por R$5,00

Para animar a festa e aniversário da prima, Miguel dá show para os teens.






sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Conversa de mãe e filho ou coaching?

7 anos é uma idade bastante desafiadora para uma criança, ela começa a deixar de ser dependente de seus pais, uma extensão de suas vontades, e começa a desenvolver mais autonomia e segurança para lidar com o mundo a sua volta e os desafios do crescimento.

Meu filho está nesta idade, e pede insistentemente para que confiemos nele para que possa explorar o mundo - deseja andar sozinho entre a praça e nossa casa, transitar pelo edifício desacompanhado e até mesmo ficar em casa enquanto resolvemos algum assunto na portaria. Entendo tudo isso como parte de seu desenvolvimento, e acredito que é muito saudável. Mas junto com a liberdade vem responsabilidades e bilhetinhos da professora na agenda sinalizando a necessidade de ajustar expectativas.
Esta semana não veio bilhete, mas foi feito um acordo verbal entre ele e a professora de que o próprio nos contaria sobre uma travessura em sala de aula. De fato nada demais, porem seu comportamento se deu num momento inadequado, atrapalhando os demais colegar, enfim a coisa certa na hora e lugar errados.

Ele me contou com detalhes, seguido de reticência por medo de ser recriminado. Ouvi tudo e comecei a questiona-lo o porque de ter agido daquela forma, sobre como ele se vê e gostaria de ser visto, e como seria se tivesse agido diferente. A conversa que iniciou com ele tentado acusar um colega pela bagunça, terminou com ele se auto responsabilizando por ter incitado a confusão e má postura. Ele me disse que estava com medo de me contar porque eu poderia brigar, e indaguei se não estava brigando, mas ele disse que não, que estávamos apenas conversando.
Resumo da ópera, ele só precisava ser ouvido e respeitado como o indivíduo que tanto proclama ser, autônomo e responsável por suas atitudes. Por si só tomou a decisão de assumir sua atitude e traçou um novo combinado comigo.
Sua meta é ser um bom líder dos colegas, então a partir de agora registra diariamente todas as ações positivas e negativas do dia, para que possa identificar os pontos de melhoria. E chamamos as "coisas ruins" de "coisas a melhorar", afinal como ele mesmo disse, "eu não bati em ninguém, né , mamãe?" (o que para ele seria uma ofensa grave sujeita a punição e castigo), tudo tem conserto.
De forma doce, com autoridade e afeto estabelecemos conexão e confiança mútua, meu filho se sentiu acolhido, amado e respeitado, e estando neste local seguro, pôde refletir sem julgamentos sobre suas ações e traçar sua nova estratégia.

sábado, 3 de setembro de 2016

Pérolas do Mi - bolo



"Não imagino o mundo sem os bolos da mamãe. 
Se alguém roubar os boletos da mamãe eu mato".



domingo, 14 de agosto de 2016

Dia dos pais

E mais uma vez é dia dos pais. 

Este ano Miguel bolou uma serie de fofuras para o pai. Começou pintando uma caneca de cerâmica com desenhos "miguelestes" (parecia rupestre mas era só o Miguel desenhando mesmo), em seguida o ensaio do café da manhã na cama para o pai. 

Sim, teve ensaio, eu precisei levar café numa quinta-feira, com direito a panqueca feita na hora. Aff...

E chegou o grande dia. Mi só queria estar com  o pai, nada demais. Depois de um café delicioso na cama, saíram para andar de skate e curtir o dia. Tudo maravilhoso, o dia estava muito bom.

Lembramos do primeiro dia dos pais quando o Mi era bebê. Também fomos ao Aterro e eles ficaram se curtindo. 

Enquanto relembrávamos o primeiro dia, achei no fundo do armário uma camiseta que o pai usou e que combinava com o body de bebê do Miguel. Por coincidência, Miguel ganhou a camisa com a mesma estampa em seu aniversário. Resolvemos reencenar a foto de 2009, e aí está ela.


Feliz Dia dos pais!

Skateball

Em clima Olímpico...Skateball!!!

Somente uma pessoa radical para acertar uma cesta de basquete de cima do skate.



terça-feira, 9 de agosto de 2016

Férias de Agosto

Por conta das Olimpíadas, as escolas alteraram o calendário escolar e as férias de julho aconteceram em agosto este ano. 30 dias de crianças em casa de recesso.

O que fazer para aplacar a fúrias da energia acumulada?

Férias na casa da Vovucha em Teresópolis. E ainda levando de quebra um amigo da escola para brincar junto.

Só tenho uma palavra para descrever o que rolou nestes dias: FARRA!!!

Biscoitos e balas toda hora, lanches gostosos, passeios, desenho animado, vídeo game e sem hora para dormir. 



Teve Parque Regadas para futebol, e Parque Nacional para banho de cachoeira, rodízio de pizza, e o melhor mate do mundo no Café Santelmo.

Se divertiram muito, curtiram muito.


Difícil é voltar ã rotina. Pelo menos eu vou poder descansar um pouco, até o próximo final de semana.

sábado, 30 de julho de 2016

Olimpíadas

A escola do Miguel muito politizada e sempre antenada com o que está acontecendo no mundo, realiza a cada 4 anos Olimpíadas escolares. A ideia é levar para os alunos o espirito de competitividade e comunhão que as olimpíadas geram.

Desde o início do ano recebemos no calendário anual as datas do evento e as crianças começam a se preparar para as competições interna nas aulas de Corpo e Educação Física. 

Lembro que em meu tempo de escola também fazíamos Olimpíadas anuais. Era uma farra. Tinha abertura com desfile no Forte São João na Urca, e eu sempre aguardava ansiosa para ver se seria escolhida para levar a bandeira. Os times eram separados por cor. Tínhamos que elaborar os enfeites da torcida e no final havia a distribuição de medalhas. Até hoje tenho as minhas guardadas em uma caixa de papelão florido dentro do armário.

Miguel estava muito eufórico para participar. Minha preocupação era com as competições porque ele é do tipo que não gosta de perder, mas para alguém ganhar alguém acaba perdendo. Neste ponto a escola é ótimo em incentivar a participação.

No dia do desfile de abertura ele não queria ir porque não haveria jogo. insisti que seria muito legal, mal sabia eu de quão maneiro seria. 

Peguei fotos minhas quando criança trajando meu uniforme olímpico. E qual não foi minha surpresa quando vi que o meu time aos 7 anos era da mesma cor que o dele? Quanta emoção senti revendo aquelas fotos.

E lá fomos nós para a abertura. Eu não podia imaginar quanta organização e criatividade dos alunos para elaborarem um desfile teatral, cada time defendendo sua cor e sua bandeira. Miguel aderiu ao desfile e entrou empunhando um cartaz, com um certo destaque  (diz a mãe orgulhosa).

Amei tudo, e mais ainda ver o rosto do meu filho se integrando e interagindo, participando e se divertindo.

As Olimpíadas duraram uma semana. Miguel cada dia mais empolgado até o dia de seu jogo. Medalha de prata no Toto e no Futebol. Mas a vitória maior veio com o resultado final do evento. O time verde ganhou o maior numero de medalhas e saiu vencedor do evento. 

Meu filho não cabia em si, era o melhor... 

Pra mim não importava melhor ou pior, mas a lembrança que ele terá de sua participação. Que seja tão bela como a minha do meus dias de Olimpíadas.

domingo, 3 de julho de 2016

Entrevista com o Miguel

Surgiu no Facebook por estes dias uma brincadeira de fazer entrevista com os filhos como aquele antigo perfil do consumidor que existia na revista de Domingo do Jornal do Brasil ou aquela que fazíamos quando criança escrevendo no caderno e trocando com os amigos na escola.

Resolvi tentar hoje com o Miguel e eis o que saiu. Algumas respostas foram tão fofas que resolvi guardar aqui para quando ele for mais velho. Outras são tão inusitadas...

Qual é o seu nome? Miguel
Quantos anos você tem? 7 anos
Quando é seu aniversário? 05 de junho
Quantos anos tem o papai? 38
Quantos anos tem a mamãe? 39
Qual é a sua cor favorita? azul
Qual é a sua comida preferida? guloseimas
Quem é o seu melhor amigo? Caio e Mael
Qual é o seu programa preferido? Hora de aventura - Adventure Time
Qual é a sua música preferida? Gang Style (mas tem outras de que gosta também)
Qual é o seu animal preferido? gato, cachorro e girafa
Do que você tem medo? tubarão e aranha
Qual o seu lugar favorito para ir? Chile
O que quer ser quando crescer? piloto de avião, taxista de uber e motoqueiro
O que você mais gosta de brincar? videogame
O que a mamãe mais gosta de fazer? se divertir e ficar com o Miguel (ele falou assim, na terceira pessoa)
O que o papai mais gosta de fazer? me amar também

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Bebe Johnson

Um dia quando eu ainda era muito pequena e brincava, eu queria ser mãe.
Um dia quando eu estava na escola fazendo teatrinho e usava um vestido cor de uva, eu queria ser mãe.
Um dia quando eu trocava fraldas de filhos de amigos da minha mãe, eu queira ser mãe.
Um dia quando segurava os filhos dos meus primos no colo, eu queria ser mãe.
Um dia quando levava minha prima a uma feira de filhotes, eu queria ser mãe. 
Um dia quando acompanhei uma amiga à maternidade, eu queria ser mãe.
Um dia quando eu encontrei o amor e me apaixonei, eu queria ser mãe.

E então chegou o meu dia de ser mãe. 

Eu planejei cada detalhe, escolhi um nome caso fosse menina, e outro caso fosse menino. 

Pensei em com quais pessoas gostaria de compartilhar o momento e mandava atualizações da minha gravidez, semana a semana para um monte de amigos queridos. Escolhi madrinha e padrinho entre aqueles que poderiam nos representar melhor, em termos de gostos e crenças.

Lavei cada peça de roupa, escolhi detalhes do quarto, e andava com aquela pança empinada cheia de orgulho.

E ele veio, cabeludo, narigudo, pezudo. Resmungão, meio velhinho para aquele corpo tão pequeno. Com olhos abertos, atentos a tudo, sem querer perder mais nenhum segundo do mundo novo que agora conhecia, redescobria.

Mas o amor não veio como eu tinha sonhado. Tinha alguma coisa errada. Ele não tinha nenhuma daquelas características dos livros. Era cabeludo, e tinha cara de homem e não de bebe. Ficava acordado quase 10 horas seguidas, e quando se arriscava a dormir, acordava a cada três horas. Chupeta pra quê se tem o peitinho da mamãe? E olha que eu tentei.

Fiquei triste, culpada, não era este o meu sonho? Então por que não estava feliz? Eu queria dormir, tomar banho, ficar sozinha durante 1 hora. Eu queria um Bebe Johnson, igual aos dos livros, que ficava quietinho, dormia e mamava a cada X horas, que não chora, e é rechonchudo.

Na verdade não era nada disso, a gente só não se conhecia muito bem. Ele tinha lá as vontades dele, e eu tinha as minhas. O plano agora era conciliar estes desejos ou sair correndo de pijama pelas escadas do prédio (e olha que coisa eu fiz isso). Achei melhor chegar ao entendimento com ele.

Então fui arrebatada por um sorriso careca e olhos de arco-íris. Pequenas mãos que buscavam consolo em meus braços sempre que desagradado. 

Ora, menino mimado!  Menino do coração dourado, de ouro!

E o sol nasceu e se pôs tantas vezes que nem sei já. E veio frio, chuva, e de repente, tal como a brisa da primavera, um calor úmido inundou meu peito e eu me descobri apaixonada. 

Hoje quando acordo de manhã passo eu seu quarto para ver se ainda dorme anjo, eu sou sua mãe.
Hoje quando dou um esbregue e grito, eu sou sua mãe.
Hoje quando sento a seu lado para acompanhar na lição, eu sou sua mãe.
Hoje quando choramos juntos vendo filmes natalinos, eu sou sua mães.
Hoje quando estou triste e suas mãos secam minhas lágrimas, eu sou sua mãe.
Hoje quando danço na sala na frente da TV e sou acompanhada de sues passos gingados, eu sou sua mãe.
Hoje quando apago a luz de seu quarto e aponto as estrelas fluorescentes coladas no teto, eu sou sua mãe. 
Hoje quando estou ocupada e sorrateiramente sinto braços me envolvendo num gesto puro de carinho, eu sou sua mãe.
Hoje quando o escuto revelar as aflições (precoces) de seu coração, eu sou sua mãe.

E quando penso em voltar no tempo, me pergunto o que faria diferente? E eu mesmo respondo: Nada! Foi aquela jornada que traçamos juntos que fez de nós quem somos hoje. 


terça-feira, 28 de junho de 2016

Última cesta do jogo

No domingo Miguel foi ao Aterro praticar seus arremessos e pediu a um grupo de adolescentes (grandões) para jogar com eles.

Interessante que os meninos bastante conscientes do uso do espaço público e considerando que ele estava muiiiiiiito a fim de jogar  o colocaram num dos times. 

E o jogo começou, três contra três. Miguel driblava e volta e meia recebia a bola que era lançada em sua direção de forma afetuosa pelos novos companheiros de bola. Ele não atrapalhava jogo, respeitou o grupos e as jogadas. Em contrapartida foi incluído na "galera".

No último lance do jogo, por acaso ou por gentileza dos rapazes, a bola estava em suas mãos. Ele podia arremessar para a cesta ou dar para um colega. Sem hesitação, e com total segurança do que estava fazendo, ele lançou a bola quase que debaixo do aro. E fez cesta!

A comemoração com o adolescentes foi bacana, com direito a abraço e hi-five. Mas o sorriso de realização, de pertencimento e compartilhamento experimentado pelo meu filho, esta experiência ele vai guardar na alma, na pele, e com certeza lhe dará força em momentos futuros. 

Ele acreditou em si mesmo, não temeu o desafio e se realizou: fez a última cesta do jogo.


quarta-feira, 8 de junho de 2016

Quer namorar comigo?

Às vésperas de seu aniversário, Miguel começa com um movimentação estranha, agitada. É um tititi na saída da escola com uma das amigas, e em casa um papel, um bilhetinho na mochila e muitos coraçõezinhos recortados.

De repente ele me procura para contar um segredo. Um desejo. Ele planejava pedir uma das amigas, convidadas para seu aniversário, em namoro.

Meu coração parou por cerca de 20 segundos, enquanto meu cérebro processava a informação e minhas terminações nervos se esforçavam para não esboçar sentimentos enquanto mantínhamos a conversa.

- Ah, é? - silêncio - Que legal!

E ele contando que havia escrito uma carta e iria entregar na festa e que a outra amiga em comum iria ajudar. Achei meio cedo para falarmos de triangulo amoroso, mas que diacho tem que ter uma amiga envolvida? Isso ainda vai acabar mal.

E minha mente continuava a processar: E se a menina não viesse? E se ela dissesse que não queria namorar? Afinal agora eles estudam em escolas diferentes. E o que ele espera de um "namoro"? Será que ele pensava em beija-la? E o que eu ia falar para os pais dela?

Minhocas, minhocas, e mais minhocas....

- Filho, e se ela disser que não quer namorar? O que você vai fazer?

- Ai, mãe, para de falar comigo assim com voz de peninha,  Se ela disser não, é não.

Queixo caído até o chão, cara de idiota frente a resolução do meu filho de encarar o que tiver que ser. Orgulho e medo se instalaram simultaneamente em meu coração.

No dia da festa eu estava apreensiva por saber da emoção e expectativa que ele sentia. Seu olhar brilhante quando ela entrou pela porta, suplantando o medo real de se aproximar, vergonha misturada com um enorme carinho.

E foi um verdadeiro tititi. Corre criança para um lado, corre criança para outro lado. Entra no quarto e vai pra sala. E a reunião de colegas diferentes, amigos de todos os tempos e amigos da nova escola.

Estava na cozinha preparando os lanches quando ele entrou e disse que tinha algo para me falar.

- Ela disse sim! - e eu com um nó na garganta, compartilhando a emoção que ele sentia.

- E agora, vocês vã fazer o que?

- Nada, ora. - e saiu em disparada para dançar na sala ao lado de sua eleita e agora, namorada.



domingo, 5 de junho de 2016

Aniversário outra vez

Então é assim, um dia a gente acorda e como num flashback voltamos no tempo para o dia em que aquele bebê que até aquele momento morava em nosso ventre resolveu que era hora de sair.

Você lembra como ele te dava bordoadas (ok podem ser contrações) pedindo para finalmente sair e te ver pelo seu lado melhor.

Era uma pontada aguda a cada passo, a cada conversa, a cada conversa. Não havia medo ou temor, apenas ansiedade.

Depois de 41 longas semanas finalmente iríamos nos conhecer. Será que ele iria gostar de você? Será que você iria gostar dele? Será que toda aquela comida tinha feito bem a ele?

Mas nem todo saiu como num conto de fadas. Ele saiu por um corte em minha barriga (não por escolha minha, mas porque ele achou que estava deitado numa rede e naquela altura do campeonato, fazer o que?) e eu tomei tanto analgésico para que isso ocorresse que na hora que ele veio para mim, eu estava tão chapada que não senti a emoção que imaginei que sentiria. 

A emoção veio depois, em casa... Demoramos algum tempo para nos entendermos, mas nossa, quanto amor, quanta paixão. 

Quem poderia imaginar que meu pequeno seria o grande amor da minha vida? Que ele seria meu tudo, minha salvação, minha transformação? Que nos transformaríamos em Morgana e Mordred?


E o tempo foi passando e num piscar de olhos, como se o tempo e espaço dessem um salto quântico, voltamos aquele momento zero, sete anos depois. E o bebe já não é tão indefeso e inseguro, mas independente e sábio, um pequeno druida eu diria. Forte e sagaz, com seu olhar único sobre o mundo, sobre mim.

Sete anos, tempo mágico, tempo simbólico. Ainda revivemos nossa histórias, continuamos a nos conhecer. Digo a ele que ainda o segurarei no colo mesmo quando tiver barba, filhos e netos. E ele responde que não, porque eu vou estar velhinha. Então será a vez dele de me segurar no colo. E rimos...

O tempo não passa para mães e filhos. Ele é vácuo por onde nossas memórias se reconstroem a cada momento. 

Ah, mas se pudéssemos congelar o tic-tac do relógio, apreender o tempo, aprender com o tempo!

Sete anos! Sete vidas! Sete histórias! Sete! Se, te...

Feliz aniversário, Miguel, no próximo ano recriaremos nossa história novamente.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

A linguiça do bem

Durante o ultimo final de semana mamãe comeu demais e alguma coisa que não fez bem e passou bem mal. Virou rainha do trono e colocou os bofes para fora até ficar do avesso do avesso. 

Miguel muito se impressionou com o estado caótico que reduziu sua pobre mãe num fiapo de ser humano. De fato ficou extremamente preocupado que eu fosse morrer ou algo do gênero e pediu para até para ligar para a avó.

Meu relato para ele foi de que uma linguiça me fez mal.

Nada que um pouco de repouso de coca-cola não resolvessem.

24 horas depois, quando voltou da escola, morto de fome, eu o aguardava com um de seus pratos favoritos à mesa: capeletti de queijo com molho branco e presento, sem cebola. Me perguntou se poderia comer uma guloseima depois do jantar, e eu deixei sem as ressalvas de sempre.

Miguel puxou o pai para o quarto e disse que a linguiça tinha me feito bem ,porque eu estava boazinha.

Mais tarde naquela noite pediu para baixar um joguinho no IPad, algo que sempre gera discussão e argumentação, porem desta vez permiti sem questionamentos. Neste momento ele olhou para o pai de canto e deu um sorrisinho, reafirmando o comentário que havia feito anteriormente.

Então está bem, pelo visto eu comi a linguiça do bem. Mesmo que ela tenha me feito vomitar abeça.

Preparativos de aniversário

Miguel fará aniversário na próxima semana. Este ano seu presente foi a viagem que fizemos ao Chile, porém concordei em chamar alguns poucos amigos (sete anistas) para dormir em casa, numa festa de pijama.

Entre os amigos alguns da escola antigo, alguns da nova e mais uma amiga que trocou de colégio este ano (sua paixão).

A expectativa de receber os amigos em casa para fazer bagunça, jogar videogame e dormirem juntos depois de um "banquete à meia noite", é tudo que eu tenho ouvido nos últimos dias. E cada dia que passa e se aproxima a data festiva, ele fica mais e mais entusiasmado.

Finalmente recebemos as confirmações e estamos na fase final de preparativos, este final de semana até ensaiamos a disposição do quarto para que possa acomodar a todos de forma confortável. Mas foi no domingo, quando ele recebeu uma mensagem de voz de sua eleita, confirmando sua presença é que ele ficou mais ansioso.

Não sei por quanto tempo ele vai aguentar a espera ou se irá ficar acordado de hoje até sábado para que chegue logo o dia.

O mais legal é que sua alegria contagia a nós todos. Também estamos curtindo os preparativos, fazer tubetes com cara de personagens e repletos de balas coloridas e imaginar as comidinhas e guloseimas preferidas.

Curto como se fosse uma festa para mim. A única coisa que está me deixando nostálgica é a idade, sete anos não dá. Imagine que ele já está com 1.29 de altura e vai fazer sete anos. Não é mais aquele bebezinho que precisava de mim o tempo todo. Ele é independente, até lavar a louça ele lava para ajudar.

Que esta comemoração seja marcante para todos nós...E que ele pare de crescer, senão, daqui há poucos anos, vou ter que segurar no colo um homem barbado.


sexta-feira, 27 de maio de 2016

Lava louça todo dia, que agonia

A mais nova diversão do Miguel tem sido lavar louça... Ele pede para lavar, sobre no banquinho e se vira nos trinta na cozinha. Um fofo. E ainda faz videos



Depois de assistir ao vídeo, lembre de curtir tá?!

quinta-feira, 26 de maio de 2016

História de dormir

Ontem ã noite Miguel resolveu me contar uma história para dormir. Como já estávamos na cama, ele inventou a história.

"Era uma vez um menino, seu pai e sua mãe. Um dia eles resolveram viajar para o Uruguai.

Chegando lá eles descobriram que não sabiam falar a língua, e sem falar eles não poderiam ir ao restaurante, passear e comprar presentes, estas coisas, sabe?

Então o filho teve uma ideia. Por que não aprender a língua do Uruguai? Assim eles estudaram e aprenderem a falar. E puderam ir ao restaurante e passear. E eles adoraram a viagem.

Mas eles tiveram que voltar pra casa, porque acabou as férias. E eles ficaram muito tristes e começaram a chorar. Então o filho teve outra ideia. Eles voltaram na quinta-feira, então eles ia voltar no Uruguai no sábado ou domingo.

E quando eles voltaram uma coisa tinha acontecido, estava tudo destruído, e eles não entenderam  nada. Mas como gostaram muito daquele lugar, eles resolveram reconstruir tudo sozinhos. E aí eles puderam se divertir de novo. 

Fim"

Achei a história elaborada e cheia de significados nas entrelinhas. Uruguai é o país onde a avó paterna nasceu e volta e meia dizemos que gostaríamos de visitar.A volta com tristeza, remete às ultimas férias em que ele voltou com pesar de estar deixando o pais e voltando para casa. Mas o lance de destruição e reconstrução é bem legal. 

Não importa o que haja, qual a situação difícil ou incomum, a verdade é que nós três juntos somos capazes de reconstruir, passar pelo desafio e no final, nos divertirmos com tudo.

Esse meu filho é uma pessoa especial, de muita sensibilidade e empatia, como nunca vi igual. Amo muito!

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Arte terapia

O lance é expressar os sentimentos da forma que conseguirmos...

Hoje Miguel me disse que estava com um sentimento que ele não sabia descrever, não sabia direito o que era, mas não era dor, "tipo dor de cabeça ou febre" (palavras dele).

 Estava acabrunhado e triste. Deitou-se no meu colo em posição fetal, como um bebezinho indefeso no colo de sua mãe, procurando aconchego.

Depois de alguns minutos neste aconchego duplo (eu também tirei a minha casquinha, já que ele teima em crescer), sugeri que fossemos desenhar, usar tinta e brincar juntos. Sentamos no chão com papel e tinta guache, e cada um de nós sentou-se para pintar seus sentimentos.

Enquanto eu me entretinha com meus amarelos e verdes, ele se desenhou com as pernas longas (pernudo) e as mãos sobre o peito. Um bonequinho sozinho num jardim sem flores. Ainda assim, não estava tranquilo, fez outro desenho e ainda estava tristonho.

Eu perguntei o que ele estava sentindo mas não consegui dizer, então falei para ele desenhar o sentimento. Depois de resistir um pocuo, ele escreveu a palavra "falta" no desenho que havia feito de si mesmo.

"Falta".

O que fazia falta para ele? Que sentimento de ausência e solidão era este?

Foi quando perguntei do que ele sentia falta, e querendo mudar de assunto, com um meio sorriso no canto dos lábios, ele me falou contrariado, entre dentes... Falta de A., sua paixão juvenil, a amiga da escola que mudou de colégio e ele não vê há meses.

Coração partido. Saudades.

Como consolar um menino destes?


domingo, 15 de maio de 2016

Let's get ready to rumble

Miguel agora joga basquete na escola porque disse que se jogar basquete vai ficar mais alto.

Na ultima medição que fizemos estava com 1.29, mas acho melhor confirmar na próxima consulta da pediatra.

Bem, seja o que for que o impulsionou a verdade é que ele tem ginga, tem jeito pro lance de acertar as cestas.

Let's get ready to rumble...


quinta-feira, 12 de maio de 2016

Magica Cartas Minecraft - Miguel G_120516



O que a gente não faz para o filho?
Curte aí!

Quer trocar uma bicicleta nova por uma lancheira velha?

Tenho o hábito de volta e meia perguntar ao miguel ou oura pessoa qualquer com quem esteja conversando, se gostariam de trocar uma coisa maneira por quinquilharia no melhor estilo da brincadeira do Sim/Não que eu via na TV quando criança

Como o Mi não achava muita graça, contei de onde vinha essa história e resolvi mostrar o vídeo da brincadeira do Sim e Não que passava na TV no programa do Bozo e Sílvio Santos.

Ri muito porque para ele era difícil e entender a existência deste tipo de programa e mais ainda uma pessoa, neste caso criança, trocar coisas boas por porcarias.

Ele disse que a criança era burra.

A verdade é que ele faz parte de uma geração cuja inocência está mais elástica e fluída, e que a graça e palhaçada de 30/40 anos atrás é tão bobo que quase não faz mais sentido.

Preciso me acostumar com a ideia de que tudo ocorre com ele num tempo (psicológico) diferente do que acontecia comigo. Isso não significa que ele está pulando fase ou deixando de curtir uma coisa ou outra, mas que o mundo é outros e os estímulos são diferentes.

Temos que estar mais próximos, guiando nossos pequenos, amando-os. Não que o que estão assando seja ruim mas é diferente e rápido, eles são pequenos e precisam de orientação, não regras fundamentalistas, mas de amor.

E aí, você quer trocar uma bicicleta nova por uma lancheira velha? Sim ou Não???? (Alguém ainda usa aquelas lancheiras com garrafinha térmica combinando?).