Como tudo começou?

Enquanto revia vídeos e fotografias do meu pequeno de 4 anos (hoje com 7), que teima em crescer mais rápido do que eu consigo acompanhar, aproveitei para reler os diários que fiz desde a gravidez aos dias de hoje sobre cada momento (que julguei importante, essa ideia eu tive com a minha sogra que até hoje guarda escritos sobre fofurices do meu marido quando criança) registrado para que as trapaças da memória não as apagassem.


Foi neste caminho de reviver o passado que me descobri saudosa e percebi que precisava compartilhar as lembranças antes que esmaecessem sob a luz do dia a dia. Então, resolvi que postaria para amigos, familiares e outros curiosos do mundo pedaços desta minha vida, e ainda de lambuja deixar para o meu pimpolho histórias sobre ele mesmo para que um dia leia e sinta como foi esta jornada de chegar ao mundo e traçar seus próprios caminhos.


Espero que gostem e se emocionem um pouco, assim como eu ao revisitar minha história, e se entusiasmem para fazer uma visita à história de vocês.
Sejam bem vindos às "histórias sobre meu filho".

sábado, 24 de dezembro de 2016

Natal humanitário

Este ano o presente foi dar e receber, entregamos quentinhas para moradores de rua e necessitados. Nos encontramos com o grupo para preparar cada uma e colocar nosso amor e energia no preparo.


Miguel participou pela primeira vez, um tanto ressabiado. Mas logo que chegou, pegou uma marmita e se pôs na fila para ajudar na montagem. Conheceu de perto um pouco mais do significado de SOLIDARIEDADE.



A primeira entrega me sensibilizou, um homem passava de cabeça baixa murmurando para si mesmo, chamei três vezes até que olhasse para mim, quando sr virou tinha um olhar desconfiado como se me visse através de um túnel. Ofereci a quentinha e seus olhos abriram. Ele acenou timidamente com.a cabeça e agradeceu com um voz que há muito não era ouvida. Embarguei. 

Na segunda entrega, Miguel percebeu um grupo de pessoas embaixo do viaduto, e nos apontou. Fiquei tensa porque me pareciam drogados, e neste caso há que se ter cautela porque não temos como prever areação deles ao nosso gesto. Mas o Mi quis ir junto, e ficar cara a cara com eles. E lá fomos nós três. 

Ele ficou impressionado com a fúria e voracidade com que aquelas pessoas vinham e nossa direção e apanhavam as quentinhas sem sequer nos olhar. Foi impactante.

Alguns metros a frente uma outra pessoa pedia ajuda, mas já não tínhamos nenhum prato para oferecer. Miguel ficou triste e queria voltar para buscar mais.

Ainda não sei o que esta experiência irá representar para ele em sua vida, mas acredito que trará uma nova percepção do seu mundo e do mundo do outro.

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