Como tudo começou?

Enquanto revia vídeos e fotografias do meu pequeno de 4 anos (hoje com 7), que teima em crescer mais rápido do que eu consigo acompanhar, aproveitei para reler os diários que fiz desde a gravidez aos dias de hoje sobre cada momento (que julguei importante, essa ideia eu tive com a minha sogra que até hoje guarda escritos sobre fofurices do meu marido quando criança) registrado para que as trapaças da memória não as apagassem.


Foi neste caminho de reviver o passado que me descobri saudosa e percebi que precisava compartilhar as lembranças antes que esmaecessem sob a luz do dia a dia. Então, resolvi que postaria para amigos, familiares e outros curiosos do mundo pedaços desta minha vida, e ainda de lambuja deixar para o meu pimpolho histórias sobre ele mesmo para que um dia leia e sinta como foi esta jornada de chegar ao mundo e traçar seus próprios caminhos.


Espero que gostem e se emocionem um pouco, assim como eu ao revisitar minha história, e se entusiasmem para fazer uma visita à história de vocês.
Sejam bem vindos às "histórias sobre meu filho".

sábado, 22 de agosto de 2009

Partimos o coração dele

Esta noite Miguel teve muita dificuldade para adormecer, parecia exausto e ainda assim incapaz de se entregar ao sono. Chorou por cerca de  30 minutos, eu e Marcelo nos alternamos na tentativa de acalma-lo.

Após este tempo, Marcelo achou melhor deixarmos ele no berço sozinho para ele se acalmar, enquanto esperávamos do lado de fora, ouvindo o choro sentido do Miguel. Na verdade já havia lido sobre esta técnica antes, mas não tinha muita certeza sobre usá-la, ou não.

De repente, eu comecei a chorar. Meu choro era de culpa por deixá-lo sozinho no escuro, chorando. Magoamos nosso bebe quando ele mais precisava da gente.

Quando finalmente o choro pareceu diminuir, corremos para o quarto. Eu o peguei no colo e o ninei até que finalmente dormiu.

Foi uma noite terrível!

A culpa de magoar nosso bebe, de não saber ser fizemos uma escolha (só queríamos o melhor para ele), nos consumiu a noite inteira.

Espero que isto não ocorra novamente. Não queremos que Miguel sofra.

Comentário pós relato: Após aquela noite, Miguel aprendeu a dormir sozinho, enquanto era bebe, quase nunca precisávamos niná-lo. 


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