Como tudo começou?

Enquanto revia vídeos e fotografias do meu pequeno de 4 anos (hoje com 7), que teima em crescer mais rápido do que eu consigo acompanhar, aproveitei para reler os diários que fiz desde a gravidez aos dias de hoje sobre cada momento (que julguei importante, essa ideia eu tive com a minha sogra que até hoje guarda escritos sobre fofurices do meu marido quando criança) registrado para que as trapaças da memória não as apagassem.


Foi neste caminho de reviver o passado que me descobri saudosa e percebi que precisava compartilhar as lembranças antes que esmaecessem sob a luz do dia a dia. Então, resolvi que postaria para amigos, familiares e outros curiosos do mundo pedaços desta minha vida, e ainda de lambuja deixar para o meu pimpolho histórias sobre ele mesmo para que um dia leia e sinta como foi esta jornada de chegar ao mundo e traçar seus próprios caminhos.


Espero que gostem e se emocionem um pouco, assim como eu ao revisitar minha história, e se entusiasmem para fazer uma visita à história de vocês.
Sejam bem vindos às "histórias sobre meu filho".

sábado, 7 de dezembro de 2013

Os pais dos amigos do meu filho

Quando eu engravidei, alguns amigos (trabalho) também estavam grávidos juntos e achei perfeito. Assim nossos filhos também poderiam ser amigos.

Lembro-me do mês de novembro de 2009 em que fomos à casa de um amigo, que cozinha muito bem, para beber e comer - Miguel tinha 5 meses e o filho deste querido amigo tinha 3. Nossa idéia é que eles prolongassem nossa intimidade. Mas isso parece não ter dado certo, não podemos escolher a amizade dos filhos. Com o tempo acabamos não insistindo nisso, apesar de mantermos os convites para as festas de aniversário todo o ano.

Quando se tem filhos acabamos revendo lugares por onde passeamos, comidas que comemos e pessoas com quem nos relacionamos. Vemos nossos amigos cada vez mais raramente, e fazemos novos amigos: os pais dos amigos dos nossos filhos, dos colegas da escola e dos conhecidos da pracinha, praia e clube, etc.

E foi assim que aconteceu com a gente.

Um dia numa festa de aniversário qualquer, você se aproxima de outro casal de estranhos e se apresenta, eu sou fulana mãe de beltrano. Este é seu novo rótulo “mãe de”, sem identidade, sem nome, mãe de alguém. Isso não importa porque seu interlocutor ainda vai te perguntar seu nome umas cinco vezes até relacionar seu nome/rosto e o nome/ rosto do seu filho até se lembrar de quem é você da fato.

Esta é uma rotina familiar a todos nós e também necessária para tecer uma nova teia de relações e amizades para si e seu filho. É o primeiro passo que ensinamos a eles no convívio social e para isso, muitas vezes temos que nos despir de nossa própria timidez e medos para ensiná-los este caminho.

Então, foi assim numa festa que começamos a conhecer nossos novos amigos, e dentro de um grupo tão heterogêneo, formamos outros pequenos grupos que se assemelharam a nós e se identificaram conosco em momentos diversos. Alguns abriram seus corações e suas casas, compartilharam suas histórias e copos de cerveja. E cada um conquistou seu lugar em nossa vida.



Costumo ensinar ao Miguel que o nosso coração deve ser sempre preenchido com muitos amigos queridos e não um só, pois quanto mais gente colocamos nele, maior ele fica. 

E hoje é assim que me sinto, com o coração enorme, com os velhos amigos e os novos que conheci através das mãos do meu filho, e que foram conquistados porque eu tenho o Miguel.

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