Como tudo começou?

Enquanto revia vídeos e fotografias do meu pequeno de 4 anos (hoje com 7), que teima em crescer mais rápido do que eu consigo acompanhar, aproveitei para reler os diários que fiz desde a gravidez aos dias de hoje sobre cada momento (que julguei importante, essa ideia eu tive com a minha sogra que até hoje guarda escritos sobre fofurices do meu marido quando criança) registrado para que as trapaças da memória não as apagassem.


Foi neste caminho de reviver o passado que me descobri saudosa e percebi que precisava compartilhar as lembranças antes que esmaecessem sob a luz do dia a dia. Então, resolvi que postaria para amigos, familiares e outros curiosos do mundo pedaços desta minha vida, e ainda de lambuja deixar para o meu pimpolho histórias sobre ele mesmo para que um dia leia e sinta como foi esta jornada de chegar ao mundo e traçar seus próprios caminhos.


Espero que gostem e se emocionem um pouco, assim como eu ao revisitar minha história, e se entusiasmem para fazer uma visita à história de vocês.
Sejam bem vindos às "histórias sobre meu filho".

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A sinceridade nas palavras de uma criança

A sinceridade das crianças às vezes dói nos ouvidos e no coração quando se escuta. 

Passando por problemas pessoais, resolvi conversar com o Miguel para que ele saiba que a minha cara de tristeza não tem a ver com ele, que o amo muito e que quero que ele seja feliz (blá, blá, blá...).

Perguntei a ele se o que ele precisava  de mim para ser feliz, eis que ele me responde, um boneco. Mas que boneco? Um boneco para ele dormir abraçado à noite. Mas ele nem dorme abraçado a nada, é do tipo bicho solto! Será que ele entende a pergunta? 

Continuei...

Perguntei se ele para ele ser feliz eu tinha que ser feliz também, ou tudo bem eu ficar riste. E na lata: tudo bem ele ficar feliz e eu triste, mas ele tinha que estar feliz. Ai!!!!!  Minha sobrancelha arqueou, meu nariz enrugou e na mesma hora ele mudou de opinião.  Que nós dois tínhamos que ser felizes...

Acho que quando somos crianças é isso mesmo, não pensamos muito em nossos pais ou na felicidade imediata deles, e sim no nosso bem estar, mesmo que bem estar seja uma bala juquinha. Ele não falou nada errado, não quer "me ver pelas costas", ele foi criança, foi sincero, falou o que qualquer um dia nós teria dito aos 5 anos de idade.

E a minha ficha caiu. Pare de se lamentar! É para e por ele que faço a maior parte das coisas, então vamos embora, siga em frente, se tiver que engolir sapo, que pelo menos não seja perereca. No final das contas, a minha felicidade é a dele, aquilo que poderemos compartilhar juntos, e com sinceridade.


Nenhum comentário: