Como tudo começou?

Enquanto revia vídeos e fotografias do meu pequeno de 4 anos (hoje com 7), que teima em crescer mais rápido do que eu consigo acompanhar, aproveitei para reler os diários que fiz desde a gravidez aos dias de hoje sobre cada momento (que julguei importante, essa ideia eu tive com a minha sogra que até hoje guarda escritos sobre fofurices do meu marido quando criança) registrado para que as trapaças da memória não as apagassem.


Foi neste caminho de reviver o passado que me descobri saudosa e percebi que precisava compartilhar as lembranças antes que esmaecessem sob a luz do dia a dia. Então, resolvi que postaria para amigos, familiares e outros curiosos do mundo pedaços desta minha vida, e ainda de lambuja deixar para o meu pimpolho histórias sobre ele mesmo para que um dia leia e sinta como foi esta jornada de chegar ao mundo e traçar seus próprios caminhos.


Espero que gostem e se emocionem um pouco, assim como eu ao revisitar minha história, e se entusiasmem para fazer uma visita à história de vocês.
Sejam bem vindos às "histórias sobre meu filho".

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Uma nova paixão?

No último final de semana enquanto eu estava fora trabalhando em um evento, pai e filho foram convidados para almoçar na casa de uns amigos. Lugar ideal para uma tarde de domingo, todos curtem comer e beber bem, havia área de lazer para as crianças e nossos filhos poderiam socializar de um lado, enquanto os pais bebericavam de outro.

Neste cenário aprazível de uma tarde de verão, começou um tititi entre as crianças. Eu não estava presente então estou recontando em terceira mão o ocorrido.

Num dado momento da brincadeira vem à tona, talvez precocemente, a conversa de quem acha quem bonito. É engraçado porque me lembro de nesta idade começar a ter algum interesse pelos meninos mas ainda de forma bastante ingênua. Beijos (numa rodinha de verdade ou consequência) e  insinuações surgiram por volta dos 10 anos.Resultado de imagem para meninos e meninas brincando 8 anosMiguel revela ao grupo de amigos, composto por três meninas e um menino (fora ele) que achava uma das meninas da roda bonita. A irmã dela o puxa pelo braço e leva para outra área e, à distância, o pai testemunha um ir e vir frenético entre a patota. É o frenesi da descoberta, da identificação com o grupo e da diferenciação entre meninos e meninas.

O que rolou não sabemos ao certo. A pergunta feita foi sobre sua eleita de até então, teria sido esquecida? Substituída? Uma nova paixão? Mas ele desconversou, entre risinhos tímidos e envergonhados. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa...

Será que houve alguma troca de afeição? Espero que não, que eles se permitam viver a ingenuidade da infância de forma plena, porque uma vez maculados não há volta, o véu do mundo se abre e o caminho de volta é lacrado, é daí pra frente. 

É uma delícia vê-los experimentando a vida. Para nós pais, espectadores, só nos resta apoiar e orientar, e aceitar que aquele bebezinho está, há muito, caminhando com as próprias pernas.

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