Como tudo começou?
Enquanto revia vídeos e fotografias do meu pequeno de 4 anos (hoje com 7), que teima em crescer mais rápido do que eu consigo acompanhar, aproveitei para reler os diários que fiz desde a gravidez aos dias de hoje sobre cada momento (que julguei importante, essa ideia eu tive com a minha sogra que até hoje guarda escritos sobre fofurices do meu marido quando criança) registrado para que as trapaças da memória não as apagassem.
Foi neste caminho de reviver o passado que me descobri saudosa e percebi que precisava compartilhar as lembranças antes que esmaecessem sob a luz do dia a dia. Então, resolvi que postaria para amigos, familiares e outros curiosos do mundo pedaços desta minha vida, e ainda de lambuja deixar para o meu pimpolho histórias sobre ele mesmo para que um dia leia e sinta como foi esta jornada de chegar ao mundo e traçar seus próprios caminhos.
Espero que gostem e se emocionem um pouco, assim como eu ao revisitar minha história, e se entusiasmem para fazer uma visita à história de vocês. Sejam bem vindos às "histórias sobre meu filho".
domingo, 29 de setembro de 2013
Esquadrão da moda infantil
Ele me olhou de cima abaixo, torceu o nariz e disse que não. Mas não ficou só nisso, ainda emendou: "volta em casa e troca que eu fico aqui sozinho mesmo te esperando".
Engoli meu riso, e perguntei o que está ruim com a roupa e ele respondeu: "é muito azul".
Então, tentando corrigir meu erro de ontem, na hora de sairmos para um almoço de aniversário, voltei e fiz a mesma pergunta. Ele novamente me olhou de cima abaixo, esticou a mão em minha direção e girou a mão fechando-a (como o Jô Soares faz com a banda), e disse: "agora sim, tá linda, tudo isso".
Será que ele vê Esquadrão da Moda na escola?
sábado, 28 de setembro de 2013
Cuidando dos amigos do seu filho
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Ser mãe e o Dalai Lama
Só eu eu sei quantas vezes deixei meu filho chorar, ou o magoei para que ele compreendesse uma determinada situação, ou ainda, só observei de longe, de fora, enquanto ele descobria o mundo a sua frente.
Eu sempre vou estar em seu coração, mas não poderei estar impedir de o ferir ou ele de crescer. Então, que eu seja aquela a prepará-lo da melhor forma para este mundo, mesmo que às vezes signifique me afastar e ser espectadora de sua vida.
Para as mães:
"A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo.
Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase, e ela sempre me soou estranha. Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a cria embaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigos. Uma batalha hercúlea, confesso. Quando começo a esmorecer na luta para controlar a super-mãe que todas temos dentro de nós, lembro logo da frase, hoje absolutamente clara. Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária. Antes que alguma mãe apressada me acuse de desamor, explico o que significa isso. Ser “desnecessária” é não deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência nos filhos, como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autônomos, confiantes e independentes. Prontos para traçar seu rumo, fazer suas
escolhas, superar suas frustrações e cometer os próprios erros
também. A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão umbilical. A cada nova fase, uma nova perda é um novo ganho, para os dois lados, mãe e filho. Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não pára de se transformar ao longo da vida. Até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e recomeçam o ciclo. O que eles precisam é ter certeza de que estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no
fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis. Pai e mãe - solidários - criam filhos para serem livres. Esse é o maior desafio e a principal missão. Ao aprendermos a ser “desnecessários”, nos transformamos em porto seguro para quando eles decidirem atracar."
"Dê a quem você Ama :
- Asas para voar...
- Raízes para voltar...
- Motivos para ficar... " -
Dalai Lama
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Ser carioca
Ele está falando com sotaque e ginga de carioca, aí a gente falou para ele:
-"Aí, Miguel, está falando que nem carioca".
E ele responde:
-"Eu não sou carioca".
- "Mas você sabe o que é ser carioca? É quem nasce no Rio, e gosta de praia, futebol, do
pão de açúcar e cerveja".
-"Mas eu não gosto de cerveja, mãe".
TOMA!!!
Comentário pós relato: Nunca demos cerveja para ele não, era apenas para ilustrar o estereótipo.
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Explicando sobre menstruação
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Mãe coruja, uma ova!
Depois que eu li esta história fiquei revoltada,
Ser mãe coruja é uma ofensa gravíssima, É quase como me insultar de ser incapaz de ver meu filho como ele é com seus defeitos e limitações.
Sim, vou amá-lo para sempre, mas se eu não for a primeira pessoa a frustrá-lo e mostrar a ele que o mundo não é sua bolha, Quando ele não mais estiver sob minha asa sofrerá de tal modo que não poderei acalentar.
Sou da teoria que as primeiras frustrações de uma criança devem ser passadas em família dentro de casa, com a certeza do amor de seus pais, Para que possam enfrentar a decepção e se reerguerem com segurança para aprenderem a fazer o mesmo no mundo de fora quando necessário. Pais que "passam a mão" na cabeça dos filhos e dizem sempre sim não estão ajudando suas crias a viverem o mundo, apenas postergando a frustração que um dia irá chegar.
Conta uma fábula portuguesa que a coruja encontrou a águia, e disse-lhe:
- O águia, se vires uns passarinhos muito lindos em um ninho, com uns biquinhos muito bem feitos, olha lá não os coma, que são os meus filhos!
A águia prometeu-lhe que não os comeria; foi voando e encontrou numa árvore umninho, e comeu todos filhotes. Quando a coruja chegou e viu que lhe tinham comido os filhos, foi ter com a águia, muito aflita:
- O águia, tu foste-me falsa, porque prometeste que não me comias meus filhinhos, e mataste-nos todos!
Diz a águia:
- Eu encontrei uns pássaros pequenos num ninho, todos depenados, sem bico, e com os olhos tapados, e comi-os; e como tu me disseste que os teus filhos eram muito lindos e tinham os biquinhos bem feitos entendi que não eram esses.
- Pois eram esses mesmos, disse a coruja.
- Pois então queixa-te de ti, que é que me enganaste com a tua cegueira.A essa fábula é atribuída o surgimento da expressão "mãe coruja "pois aos olhos das mães os filhos são sempre perfeitos e lindos, o coração de uma mãe é o lugar mais seguro do mundo e se precisar até sangra por um filho.