Como tudo começou?

Enquanto revia vídeos e fotografias do meu pequeno de 4 anos (hoje com 7), que teima em crescer mais rápido do que eu consigo acompanhar, aproveitei para reler os diários que fiz desde a gravidez aos dias de hoje sobre cada momento (que julguei importante, essa ideia eu tive com a minha sogra que até hoje guarda escritos sobre fofurices do meu marido quando criança) registrado para que as trapaças da memória não as apagassem.


Foi neste caminho de reviver o passado que me descobri saudosa e percebi que precisava compartilhar as lembranças antes que esmaecessem sob a luz do dia a dia. Então, resolvi que postaria para amigos, familiares e outros curiosos do mundo pedaços desta minha vida, e ainda de lambuja deixar para o meu pimpolho histórias sobre ele mesmo para que um dia leia e sinta como foi esta jornada de chegar ao mundo e traçar seus próprios caminhos.


Espero que gostem e se emocionem um pouco, assim como eu ao revisitar minha história, e se entusiasmem para fazer uma visita à história de vocês.
Sejam bem vindos às "histórias sobre meu filho".

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Mãe coruja, uma ova!

Você sabe de onde vem a expressão mãe coruja? 

Depois que eu li esta história fiquei revoltada, 

Ser mãe coruja é uma ofensa gravíssima, É quase como me insultar de ser incapaz de ver meu filho como ele é com seus defeitos e limitações. 

Sim, vou amá-lo para sempre, mas se eu não for a primeira pessoa a frustrá-lo e mostrar a ele que o mundo não é sua bolha, Quando ele não mais estiver sob minha asa sofrerá de tal modo que não poderei acalentar.

Sou da teoria que as primeiras frustrações de uma criança devem ser passadas em família dentro de casa, com a certeza do amor de seus pais, Para que possam enfrentar a decepção e se reerguerem com segurança para aprenderem a fazer o mesmo no mundo de fora quando necessário. Pais que "passam a mão" na cabeça dos filhos e dizem sempre sim não estão ajudando suas crias a viverem o mundo, apenas postergando a frustração que um dia irá chegar.


Conta uma fábula portuguesa que a coruja encontrou a águia, e disse-lhe:

- O águia, se vires uns passarinhos muito lindos em um ninho, com uns biquinhos muito bem feitos, olha lá não os coma, que são os meus filhos!

A águia prometeu-lhe que não os comeria; foi voando e encontrou numa árvore um
ninho, e comeu todos filhotes. Quando a coruja chegou e viu que lhe tinham comido os filhos, foi ter com a águia, muito aflita:

- O águia, tu foste-me falsa, porque prometeste que não me comias meus filhinhos, e mataste-nos todos!

Diz a águia:

- Eu encontrei uns pássaros pequenos num ninho, todos depenados, sem bico, e com os olhos tapados, e comi-os; e como tu me disseste que os teus filhos eram muito lindos e tinham os biquinhos bem feitos entendi que não eram esses.

- Pois eram esses mesmos, disse a coruja.

- Pois então queixa-te de ti, que é que me enganaste com a tua cegueira.
A essa fábula é atribuída o surgimento da expressão "mãe coruja "pois aos olhos das mães os filhos são sempre perfeitos e lindos, o coração de uma mãe é o lugar mais seguro do mundo e se precisar até sangra por um filho.

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