Como tudo começou?

Enquanto revia vídeos e fotografias do meu pequeno de 4 anos (hoje com 7), que teima em crescer mais rápido do que eu consigo acompanhar, aproveitei para reler os diários que fiz desde a gravidez aos dias de hoje sobre cada momento (que julguei importante, essa ideia eu tive com a minha sogra que até hoje guarda escritos sobre fofurices do meu marido quando criança) registrado para que as trapaças da memória não as apagassem.


Foi neste caminho de reviver o passado que me descobri saudosa e percebi que precisava compartilhar as lembranças antes que esmaecessem sob a luz do dia a dia. Então, resolvi que postaria para amigos, familiares e outros curiosos do mundo pedaços desta minha vida, e ainda de lambuja deixar para o meu pimpolho histórias sobre ele mesmo para que um dia leia e sinta como foi esta jornada de chegar ao mundo e traçar seus próprios caminhos.


Espero que gostem e se emocionem um pouco, assim como eu ao revisitar minha história, e se entusiasmem para fazer uma visita à história de vocês.
Sejam bem vindos às "histórias sobre meu filho".

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Experiência x experimentação

Esta semana recebemos uma notificação da escola sobre o mal comportamento do Miguel. Ele pegu um copo urinou dentro, misturou sabão, pasta de dentes e  jogou no chão do refeitório. 

Lastimável! 

Quando questionado, pela professora, sobre o porquê disso, respondeu que queria fazer uma experiência. Foi conduzido à coordenação, para reforçar o entendimento que pra tudo há hora e  lugar e daí a tal anotação.

Mal cheguei em casa, ele mesmo veio me contar, de cabeça baixa e ombros caídos, que havia uma nova anotação na agenda (já tínhamos recebido outra dois dias antes). Ele me contou com detalhes, antes mesmo que eu pudesse ler a versão da escola, com uma riqueza de detalhes e uma seqüência lógica extremamente desproporcional para uma criança de quase 5 anos de idade.

O que me chamou atenção em seu relato, além do fato dele ter vindo me contar de livre vontade, livre de preconceitos ou temores das sanções que pudesse vir a sofrer, foi o motivador do caso. 

Uma das cuidadoras/auxiliares mostrou a ele uma experiência feita por um aluno de uma turma mais velha, acredito que feia em uma aula de ciências, onde uma bexiga e uma luva cirúrgica simulavam o funcionamento do coração e pulmão. Era uma experiência super interessante com apelo visual incrível e que traziam ainda um conteúdo, um saber.

Na mesma hora, sua mente começou a funcionar e algo dentro dele disse que ele também tinha que fazer uma "experiência". Ele utilizou os recursos que encontrou pela frente e foi embora, deixou-se levar pelo afã da curiosidade, pela inquietação do ser humano, pela necessidade de experimentação.

Concordo com a escola, cuja  lição para ele, é que cada coisa tem sua hora e lugar para acontecer, que fazer xixi no copo e jogar no chão não é uma coisa legal. Por outro lado, não posso deixar de me impressionar com a forma como a mente do Miguel funciona, e  com os anseios de seu coração. 

Conclusão, estou devendo a ele realizar algumas experiências em casa, fizemos um bolo juntos para que eu pudesse explicar o processo da fermentação, mas tem que ser outra coisa mais palpável. Vou ver se pendo em algo ou então compro um kit de química.

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