Como tudo começou?

Enquanto revia vídeos e fotografias do meu pequeno de 4 anos (hoje com 7), que teima em crescer mais rápido do que eu consigo acompanhar, aproveitei para reler os diários que fiz desde a gravidez aos dias de hoje sobre cada momento (que julguei importante, essa ideia eu tive com a minha sogra que até hoje guarda escritos sobre fofurices do meu marido quando criança) registrado para que as trapaças da memória não as apagassem.


Foi neste caminho de reviver o passado que me descobri saudosa e percebi que precisava compartilhar as lembranças antes que esmaecessem sob a luz do dia a dia. Então, resolvi que postaria para amigos, familiares e outros curiosos do mundo pedaços desta minha vida, e ainda de lambuja deixar para o meu pimpolho histórias sobre ele mesmo para que um dia leia e sinta como foi esta jornada de chegar ao mundo e traçar seus próprios caminhos.


Espero que gostem e se emocionem um pouco, assim como eu ao revisitar minha história, e se entusiasmem para fazer uma visita à história de vocês.
Sejam bem vindos às "histórias sobre meu filho".

domingo, 18 de maio de 2014

Sem rodinhas

Quando no final de semana do dia das mães o amigo C. pediu ao pai para retirar as rodinhas de sua bicicleta, Miguel, competitivo que só, também correu para pedir ao pai para que retirasse as rodinhas de sua bicicleta.

Na semana seguinte, insistiu no assunto e cobrou a remoção das rodinhas e só sossegou quando chegou em casa após a escola e viu que seu pai havia levado sua bicicleta a uma oficina para que para que retirassem o apoio.

Foi uma semana longa a que se seguiu, de muita espera, aguardando a chegada do final de  semana seguinte para irmos passear e treinar andar de bicicleta como “menino grande”.

Chegou novamente o domingo. Saímos para encontrar a amiga P. no Aterro, e como chegamos primeiro, iniciamos o que seria o dia de treinamento da missão “rodinhas nunca mais”.

Enquanto papai, por trás, segurava o selim para dar estabilidade, eu corria  de costas na frente da bicicleta indicando a direção que ele deveria seguir, de modo que Miguel olhasse sempre para frente e se sentisse seguro e confiante.

Após 2 tentativas, tombando o corpo sempre para a direita, na terceira vez Miguel deu três pedaladas firmes, precisas, retas, sem apoio. Sem rodinhas. Ele saltou da bicicleta com um sorriso nos lábios, sorriso de quem conseguira executar uma proeza. Um sorriso de vencedor! Daí para frente ganhou mesmo confiança e foi cada vez mais rápido e longe.


Quando P. chegou, uns 15 minutos depois, Miguel já estava enlouquecido com sua conquista, com a idéia de andar sem rodinhas. Vinha em zigzag “atropelando”as pessoas na pista, querendo ir além.


Na minha mente vinham flashes de quando eu “aprendi” (até hoje eu não ando muito bem de bicicleta, mas vá lá, não uso rodinhas), de como para mim foi difícil e como para ele tudo parecia fácil, simples, e o melhor, divertido. Meus olhos encheram-se de lágrimas em vários momentos, fizemos high five a cada nova distância alcançada. Como revivemos nossa infância com nossos filhos, reinventando nossas experiências. Mal posso esperar pela próxima descoberta.

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