Como tudo começou?

Enquanto revia vídeos e fotografias do meu pequeno de 4 anos (hoje com 7), que teima em crescer mais rápido do que eu consigo acompanhar, aproveitei para reler os diários que fiz desde a gravidez aos dias de hoje sobre cada momento (que julguei importante, essa ideia eu tive com a minha sogra que até hoje guarda escritos sobre fofurices do meu marido quando criança) registrado para que as trapaças da memória não as apagassem.


Foi neste caminho de reviver o passado que me descobri saudosa e percebi que precisava compartilhar as lembranças antes que esmaecessem sob a luz do dia a dia. Então, resolvi que postaria para amigos, familiares e outros curiosos do mundo pedaços desta minha vida, e ainda de lambuja deixar para o meu pimpolho histórias sobre ele mesmo para que um dia leia e sinta como foi esta jornada de chegar ao mundo e traçar seus próprios caminhos.


Espero que gostem e se emocionem um pouco, assim como eu ao revisitar minha história, e se entusiasmem para fazer uma visita à história de vocês.
Sejam bem vindos às "histórias sobre meu filho".

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Os Saltimbancos



Miguel não curte ir ao teatro, acho que é um trauma de ter ido ver a peça da “triangulinha” quando ainda tinha uns 2 anos. A peça era sobre as diferenças/ bulling, e a minha mãe o levou para já ensiná-lo a ter respeito pelo outro e tal. Na época ele ficou um pouco assustado, mas curtiu. Ele é assim, não se deixa abater pelos medos. Mas o resultado é que ele não curte muito ir ao teatro.


A outra avó o convidou para ver Os Saltimbancos, não preciso dizer o quão diferente é a peça daquela sua primeira experiência teatral, muito menos entrar em detalhes sobre as músicas de Chico, certo? 

Pois bem, falei para ele que ia sair com a vovó e logo ficou animado, quando disse que era teatro ficou amuado, mas para não ser “do contra” aceitou. Ele tanto queria passear e estar com a avó, que até se convidou para dormir, passar a noite com ela após o teatro, o problema mesma era o passeio em si. Na hora de sair enquanto ele mesmo abotoava as camisa, ainda chegou a perguntou porque tinha que ir obrigado. Respondi que não era obrigado e não precisava ir mas que tinha certeza que ele gostar, e num tom desafiador, ele me respondeu:


- Eu duvido!


No dia seguinte, quando a vovó o trouxe de volta, perguntei como tinha sido a peça e ele, em tom displicente falou:


- Era a “miau miau miau”.


Não queria dar o braço a torcer que conhecia a música, então falei que eu já tinha visto aquele teatrinho quando eu era criança e que também conhecia as músicas, mas ele não deu muita bola.


Durante os dias que se seguiram, ouvimos ele cantarolar as músicas da peça pela casa a todo momento, a qualquer  hora e sempre que podia, resultado: adorou a peça! 

Com Miguel tem que ser assim, comendo pelas beiradas para fazê-lo experimentar as coisas que na verdade ele já conhece.

Nenhum comentário: