Como tudo começou?

Enquanto revia vídeos e fotografias do meu pequeno de 4 anos (hoje com 7), que teima em crescer mais rápido do que eu consigo acompanhar, aproveitei para reler os diários que fiz desde a gravidez aos dias de hoje sobre cada momento (que julguei importante, essa ideia eu tive com a minha sogra que até hoje guarda escritos sobre fofurices do meu marido quando criança) registrado para que as trapaças da memória não as apagassem.


Foi neste caminho de reviver o passado que me descobri saudosa e percebi que precisava compartilhar as lembranças antes que esmaecessem sob a luz do dia a dia. Então, resolvi que postaria para amigos, familiares e outros curiosos do mundo pedaços desta minha vida, e ainda de lambuja deixar para o meu pimpolho histórias sobre ele mesmo para que um dia leia e sinta como foi esta jornada de chegar ao mundo e traçar seus próprios caminhos.


Espero que gostem e se emocionem um pouco, assim como eu ao revisitar minha história, e se entusiasmem para fazer uma visita à história de vocês.
Sejam bem vindos às "histórias sobre meu filho".

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Vovô Zé



Estávamos indo ao cinema eu e Miguel e não sei o que levou à conversa, mas começamos a falar do meu pai. Ele perguntou porque ele não vinha nos visitar e respondi que ele morava muito longe. Miguel ficou meio na dúvida se meu pai era seu avô e eu disse que ele tinha sorte porque tinha 3 avôs.

Então Miguel disse lembrava de tê-lo visto na festa das primas em dezembro, e confundiu com sua festa de aniversario, o que acabei não corrigindo porque achei que seria melhor ele ter esta lembrança do avó em um aniversário seu, sei lá.

Ele me disse que lembrava do avô sentado no canto sozinho, e aquilo fez meu coração ficar muito apertado.  Tentei explicar que às vezes o vovô tinha vergonha e preferia ficar sozinho, que ele e a vovucha tinha se separado quando eu era muito criança e que ele ficou muito tempo longe e que hoje ele não sabe muito como ficar perto. Mas que ele amava muito o Miguel e a mamãe.

E ele me perguntou:

- Mas ele me ama só porque eu sou o neto dele?

- Claro, e você acha isso pouco? Você é um cara muito legal!

- É mesmo.

 O assunto morreu ali. Eu nunca vou saber como explicar isso para ele, se eu mesma não sei explicar para mim.

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