Como tudo começou?

Enquanto revia vídeos e fotografias do meu pequeno de 4 anos (hoje com 7), que teima em crescer mais rápido do que eu consigo acompanhar, aproveitei para reler os diários que fiz desde a gravidez aos dias de hoje sobre cada momento (que julguei importante, essa ideia eu tive com a minha sogra que até hoje guarda escritos sobre fofurices do meu marido quando criança) registrado para que as trapaças da memória não as apagassem.


Foi neste caminho de reviver o passado que me descobri saudosa e percebi que precisava compartilhar as lembranças antes que esmaecessem sob a luz do dia a dia. Então, resolvi que postaria para amigos, familiares e outros curiosos do mundo pedaços desta minha vida, e ainda de lambuja deixar para o meu pimpolho histórias sobre ele mesmo para que um dia leia e sinta como foi esta jornada de chegar ao mundo e traçar seus próprios caminhos.


Espero que gostem e se emocionem um pouco, assim como eu ao revisitar minha história, e se entusiasmem para fazer uma visita à história de vocês.
Sejam bem vindos às "histórias sobre meu filho".

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Ainda fazendo adaptação…

Temos que ter uma grande dose de paciência para não punirmos os pequenos por aquilo que eles ainda não têm capacidade de compreensão, simplesmente porque é mais fácil para gente.

A sensação que tenho é de que o limite entre o entendimento e sensibilidade deles e sua capacidade de nos manipular é uma tênue linha pontilhada capaz de se esvair e tornar meu dia completamente desgastado e cansativo. Da mesma forma que a fase de adaptação é um período emocionalmente estressante para os pequenos, é um tempo de muita irritação para os pais. Tudo o que queremos é que as crianças se adaptem à nova rotina e nos deixem seguir adiante.

Há pouco mais de um ano passei por um processo de adaptação semelhante porque mudei de emprego, em parte eu queria, em parte fui forçada, mas o que importa é que me vi diante da situação de ter que construir novas relações a partir do nada. Ninguém me disse que minha mãe ou um antigo colega do ex-trabalho deveria participar da adaptação comigo durante alguns dias, até que eu me sentisse familiarizada. Ninguém no meu local novo trabalho se preocupou em me fazer enturmada me chamando para um almoço ou café, muito pelo contrário, tive o azar de ingressar numa empresa cujo ambiente é extremamente hostil com os novos.

Espera-se que um adulto saiba lidar com esse tipo de situação com a mesma facilidade com que se troca de roupa. Mas a verdade é que o ser humano é avesso às mudanças. Por mais adaptáveis que sejamos sempre iremos preferir mais do mesmo (salvo algumas exceções).

Voltando à adaptação do Miguel à nova escola, todo o ambiente escolar foi preparado para a chegada dos novos alunos, independente da idade, mesmo que nas primeiras semanas a turma tivesse que dar uma pausa na programação. O cuidado com o coração e mente destes pequenos, o carinho com o qual foram recebidos, tudo isso só me leva a crer que estamos moldando adultos mais bem preparados para os desafios e “ambientes hostis” do futuro, sim, porque a vida, o mundo, não é cabinha montada no centro do quarto, e por mais que queiramos estar e sejamos presentes, não poderemos “dar colo” para o resto de suas/nossas vidas.


Hoje o combinado foi que eu não entraria na sala de aula, até agora tudo bem, estou aqui do lado de fora, contando o tempo que não passa. Esperando que ele esqueça que tem mãe, pelo menos pelas próximas 4 horas. (Ele já veio conferir seu continuava aqui 4 vezes em meia hora, afe! Até parece que nasceu colado comigo).

Nenhum comentário: